Fonte: Henrique Tahan Novaes (hetanov@ige.unicamp.br)

Este artigo de Henrique T. Novaes e Renato Dagnino apresenta os resultados de uma pesquisa que contrasta as propostas de participação ensejadas pelo modelo japonês com as propostas autogestionárias. Para analisar o espectro que vai desde as estratégias gerencialistas para cooptar a força de trabalho até as que vislumbram a construção de uma sociedade governada pelos produtores associados, fizemos uma breve análise de política da participação dos trabalhadores na empresa, seus diferentes propósitos e interesses. Nossa conclusão preliminar é que as estratégias gerencialistas – e aqui se insere o modelo japonês – atacam os sintomas (e não as causas) da alienação, os trabalhadores decidem sobre tudo menos o essencial, enquanto que nas propostas autogestionárias propõe-se que o trabalhador participe da gestão dos problemas essenciais da empresa, da construção de um novo processo de trabalho assim como da construção de uma sociedade produtora de valores de uso, de acordo com as possibilidades históricas. Concluímos que há diferença entre as mesmas não só de grau de participação como também na natureza da participação.

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