Fonte: http://www.ttfbrasil.org/

Esqueçam os zumbis comedores de carne humana ou Lord Voldemort, celebridades dos fimes Harry Potter e da série televisiva Walking Dead estão agora enfrentando poderes reais. Nesse filme promocional lançado agora, 18 de fevereiro, algumas das grandes estrelas europeias promovem as Taxas sobre Transações Financeiras, que são fervorosamente opostas por lobistas de Wall Street e seus colegas europeus.

Link do vídeo: http://youtu.be/8ghKdH1iJBc

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O filme de três minutos foi dirigido por David Yates, diretor dos últimos quatro filmes da série do bruxinho inglês. O elenco inclui Andrew Lincoln (da série de sucesso The Walking Dead”), Bill Nighy (“Marigold Hotel”, “Simplesmente Amor”, “Harry Potter”, “Piratas do Caribe”), Javier Cámara (ator nos filmes “Fale com Ela” e “Má Educação” do Almodóvar), Clemence Poésy (“Harry Potter”) e Heike Makatsch (“Simplesmente Amor”).

A proposta do filme é influenciar a fase final de negociações sobre uma taxa sobre transações financeira na Europa. Em Janeiro de 2013, onze estados-membro da União Europeia formaram uma coalizão – “coalition of the willing” – para coordenar a implementação de tal imposto financeiro. Estes países são: Bélgica (sede do Parlamento Europeu e do BC regional), Alemanha, Estônia, Grécia, Espanha, França, Itália, Áustria, Portugal, Eslovênia e Eslováquia. O presidente da UE determinou a data de 6 de maio de 2014 como o marco do acordo final.

O ponto de partida para as negociações é uma proposta da Comissão Europeia de taxar 0,1% em compra e venda de ações e títulos de dívidas (bonds), e 0,01% sobre os derivativos, o que é estimado gerar em torno de 31 bilhões de euros (USD42 bilhões) ao ano.

A história do filme é um momento dez anos no futuro. em um programa de entrevistas em que Lincoln olha para os impactos de dez anos de história da implementação das TTFs. Banqueiros da Espanha, Alemanha e França elogiam o fato das taxas terem gerado novos recursos ao investir em serviços públicos em seus países e a combater pobreza e mudanças climáticas – envergonhando o banqueiro britânico (Nighy) pois seu país não implementou as TTFs.

A agência de cooperação internacional Oxfam ajudou a produzir o filme e está ancorando uma “forte petição de um milhão” que pode ajudar a fazer as taxas se tornarem mais populares. Há quatro anos, Oxfam e uma articulação ampla da sociedade civil das áreas trabalhistas, ecológicas e de saúde pública, entre outros grupos e redes, veem trabalhando para avançar com propostas para implementar as taxas sobre transações financeiras internacionalmente.

Apesar da oposição intensa da indústria financeira, líderes da França e Alemanha são esperados a reiterarem seu apoio à proposta em uma cúpula no dia 19 de fevereiro, em Paris. Uma resolução de sucesso nas negociações europeias vão ajudar a criar momento também nos Estados Unidos. Enquanto a administração do Presidente Obama ainda não apoia completamente, há várias propostas no Congresso que incluem alguma forma de taxas financeiras.

O Senador Tom Harkin e o Deputado Peter DeFazio propuseram uma taxa de 0,03% em ações, títulos e derivativos, com um benefício fiscal direcionado a aplicações em contas favorecidas por isenções como planos de aposentadoria 401(k). O Deputado Keith Ellison introduziu o Ato de Prosperidade Inclusiva, que propõe taxas de 0,5% em ações, 0,1% em títulos de dívidas (públicas ou privadas), e 0,005% em derivativos, com benefícios dados a contribuintes com receita bruta anual de 50 mil dólares por indivíduo ou 75 mil por família.

A Comissão Mista em Taxações do Congresso estima que a proposta Harkin-DeFazio pode arrecadar até 350 bilhões de dólares em dez anos.

Além dos benefícios de receita, muitos economistas financeiros argumentam que as taxas ajudam a diminuir o ritmo de especulações de curto-prazo. Uma carta assinada por mais de cinquenta profissionais das finanças declara que “essas taxas vão re-equilibrar os mercados financeiros para longe da mentalidade de transações de curto-prazo, o que tem contribuído para a instabilidade em nossos mercados.”

Em uma pesquisa de janeiro de 2013 aplicada por Hart Research, 62% da população americana aprova uma “pequena taxa em todoas as transações financeiras.”

Citações do diretor e do elenco:

Diretor David Yates, conhecido por ter dirigido os quatro últimos filmes de Harry Potter, disse: “Eu concordei em dirigir o filme porque a Taxa Robin Hood (TTF) simplesmente é uma ideia brilhante. Nós precisamos aprender as lições da crise financeira e garantir que os bancos e os fundos hedge trabalhem no interesse da sociedade e não ao contrário.

Andrew Lincoln, ator do seriado The Walking Dead, disse: “Depois de seis anos de recuperação instável e da redução dos padrões de vida, é chegada a hora de nossos líderes serem mais ambiciosos e agirem no interesse das pessoas e do planeta.”

“É raro que um imposto consiga tanto apoio incrível das pessoas em toda a Europa, mas a Taxa Robin Hood (TTF) é uma forma justa de garantir que os causadores das crises econômicas consertem a confusão criada.”

Clémence Poesy, de Harry Potter, disse: “Se a França e os outros dez países que estão seriamente considerando avançar na proposta da taxa decidem mesmo em fazê-lo, até 37 bilhões de euros poderiam ser mobilizados todo ano. Investir esse dinheiro na luta contra a pobreza, incluindo a epidemia mundial de AIDS, e as mudanças climáticas é a coisa certa a fazer.”

Bill Nighy, estrela de Simplesmente Amor e Piratas do Caribe, disse: “Quatro anos se passaram desde o lançamento da campanha pelas Taxas Robin Hood e esta taxa minúscula que pode fazer tanto está perto de se tornar uma realidade. França, Alemanha e nove outros países europeus estão prestes a implementá-las. Seria a ponto de arrependimento se os resto do mundo fosse pego no lado errado da História.”

“Simplesmente implementar as taxas não é suficiente, os bilhões mobilizados devem ser investidos em eliminação da pobreza em casa e no exterior e na luta para mitigar as mudanças climáticas.”

Javier Cámara, estrela de Má Eduçação, disse: “Com algo em torno de oito milhões de espanhóis esperados a decair em pobreza até 2015, as Taxas Robin Hood apresentam uma oportunidade para aliviar o maior sofrimento não só na Europa como no resto do mundo também.”

Heike Makatsch, que atuou também em Simplesmente Amor, disse: “Líderes europeus já passaram muito tempo discutindo as Taxas Robin Hood. Agora chegou a hora de ficar sério, colocar de lado os argumentos contra as taxas vindo do lobby financeiro e implementar taxas justas que podem ajudar milhões de pessoas na Europa e no mundo em desenvolvimento.”