Fonte: http://cacadoresdebonsexemplos.com.br/blog/economia-solidaria/

Pense em um novo jeito de produzir, de vender, de consumir produtos, de oferecer e receber créditos, onde as pessoas não são movidas pela ganância, mas pelo desejo de que não haja ninguém excluído, de que todos possam viver bem… Isto é Economia Solidária. No coração de Campo Grande, a loja de economia solidária, Central de Comercialização de Economia Solidária, oferece de tudo um pouco e com alta qualidade. Com produtos de artesanato, produção indígena e quilombola, chegando a produtos como o biscoito de baru, produzido por famílias da agricultura familiar do município de Nioaque, no interior de Mato Grosso do Sul.

A central de comercialização conta diretamente com mais de 600 colaboradores de forma direta e abrange mais de 3 mil de forma indireta. Muitas famílias dependem exclusivamente da loja para retirar seu sustento.

Desde a inauguração, em 2006, a central cresceu tanto em estrutura física, como em formação humana. Recentemente houve a reforma do prédio, o que apoiou muito. Mas o que mais me impressiona foi como as pessoas cresceram e desenvolveram os trabalhos expostos.

Para os associados, a informatização da loja, o controle de qualidade das mercadorias oferecidas, a produção coletiva, e principalmente a comercialização dos produtos com um preço justo, são fatores positivos que atraem mais de 100 pessoas diariamente ao local, inclusive turistas estrangeiros.

E não é porque a loja é de vários donos, que o produto e atendimento são ruins. Pelo contrário, é tudo muito bonito e de bom gosto. Economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital. Tem base associativista e cooperativista, e é voltada para a produção, consumo e comercialização de bens e serviços de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida.

Preconiza o entendimento do trabalho como um meio de libertação humana dentro de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista.

Além disso, a Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é, envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável; vale ressaltar: a Economia Solidária não se confunde com o chamado “Terceiro Setor” que substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos.

A central vem ganhando reconhecimento internacional, como a que a considerou uma das referências na comercialização de produtos da economia solidária na America Latina, sendo inclusive finalista em uma premiação com mais de um mil inscritos.

Entendemos que a Economia Solidária é uma estratégia política de desenvolvimento muito interessante para nosso país. A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos. Amamos quando encontramos projetos de união para transformação de vidas!

Saibam mais e como ajudar:

CCES/MS (Central de Comercialização de Economia Solidária)

Rua Marechal Rondon, 1500, no centro de Campo Grande, com horário de funcionamento de segunda a sábado das 8h às 18h30. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3382-4021.

central_ms@yahoo.com.br