Por Secretaria Executiva do FBES

Ocorreu nesta quinta-feira (13), em Porto Alegre, a abertura do 2o Encontro Latino Americano e Caribe das Mulheres da Economia Social e Solidária, com cerca de 400 mulheres do Brasil e de diversos países do continente latino-americano Na mesa de abertura estiveram presentes Nelsa/diretora da Sesampe, Roberto Marinho/Senaes, Graciete/FBES, governador Tarso Genro, Nancy Gonzales/Uruguai e Everton Braz/representando o secretário da Sesampe.

Nelsa abriu a mesa do evento colocando que “este encontro é fruto de uma caminhada construída, aqui vemos o rosto do feminino da economia solidária, catadoras, costureiras, artesãs, quilombolas, que vem representando neste Brasil que é possivel construir um outro desenvolvimento e que é preciso construir politicas publicas para isso, para que se expanda para toda América Latina”. Roberto Marinho valorizou as políticas públicas e legislação construídos pelo RS, trazendo a reflexão sobre o feminismo na economia solidária e no cooperativismo. “O cooperativismo traz também as marcas do machismo e do patriarcalismo, a atuação apenas dos homens é gritante. Temos que fazer tanto a correção e também o reconhecimento do que as mulheres trazem para a economia solidária, a valorização do trabalho reprodutivo e produtivo”, destacou.

O final da abertura teve a fala do governador Tarso Genro, que prestou uma homenagem ao secretário nacional de economia solidária, Paul Singer e valorizou a economia solidária por ter a compreensão do auto-governo dos trabalhadores, da importancia das redes e da decisão estar nas mãos de quem produz. “O gérmen da economia solidária é o gérmen do socialismo democrático, e o estado tem que desenvolver mecanismos de compra dos produtos e não ficar apenas no nível local, a sociedade tem que se auto-organizar para uma economia de compras solidárias, furando a economia do capital. A economia solidária é uma rede de articulação politica para um novo tipo de sociedade, uma nova jornada para outra forma de organização”, destancando que ela precisa ser exercida hoje para dar certo e ser uma rede de solidariedade nacional e internacional.

Amanhã o encontro segue com mesa de debate junto a representantes da Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil sobre a realidade das mulheres na economia solidária na participação, representação e políticas públicas, seguindo por debate em grupo por setores pordutivos, e encerrando com a aprovação de uma carta das mulheres da economia solidária e uma grande caminhada.