Fonte: Kris Bender (kristiany_bender@hotmail.com)

Rumo à V Plenária Nacional de Economia Solidária

Nós, atores/sujeitos dos diversos segmentos do movimento de Economia Solidária da Região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), reunidas/os em 09 de maio de 2012 na Casa de Retiro Betânia em Porto Alegre RS, após a realização de um balanço e avaliação dos 4 eixos (Formação; Produção, Comercialização e Consumo; Marco Legal e Finanças Solidárias) da IV Plenária Nacional de Economia Solidária, sentimos a partir dos nossos avanços e desafios destes anos de caminhada em que, paulatinamente vamos tecendo a Economia Solidária, temos vivenciado muitas experiências, as quais nos legitimam para apontar e sugerir outras maneiras de conduzir os espaços que fundamentalmente estão a serviço da Economia Solidária.

Sendo assim, destacamos como avanço a articulação dos atores/sujeitos na mobilização frente ao Projeto de Lei 865, que criava a Secretaria Especial de Micro e Pequena Empresa, transferindo o lugar institucional da Política Pública Nacional de Economia Solidária – Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, e o Conselho Nacional de Economia Solidária – CNES para esta secretaria, em pouco tempo conseguimos articular 22 audiências públicas estaduais, e uma nacional, reafirmando nossa identidade e percebendo a necessidade de fazer a sua representação política.

Destacamos também uma maior abrangência das políticas públicas para a Economia Solidária, estas chegando até a base (os Empreendimentos).

No momento em que se avizinha a V Plenária Nacional de Economia Solidária, percebemos a urgência em apontar alguns desafios e compromissos:

A importância da organização e fortalecimento dos fóruns municipais, regionais, estaduais e nacional, garantindo que as representações contemplem e sejam referendadas pelos os três segmentos (Empreendimentos Econômicos Solidários, Entidades de Apoio e Fomento e Gestores Públicos);

Articulação, diálogo e convergência com os Movimentos Sociais;

Garantir a participação do Movimento de Economia Solidária, através de seus fóruns e representações na elaboração dos editais e projetos que perpassem pela Economia Solidária;

Buscar articular o tema da comunicação em todas as dimensões para ampliar a visibilidade do movimento;

Trabalhar a formação em todas as dimensões para melhor qualificação dos atores/sujeitos da Economia Solidária, melhorando assim as práticas pedagógicas tornando-as mais acessíveis e adequadas à realidade vivenciada pelos Empreendimentos;

Garantir o acesso as Finanças Solidárias, com menos burocracia;

Resgatar os espaços de divulgação e comercialização que foram retirados em prol de revitalizações dos centros urbanos; (Ex.: Feira Estadual do Rio Grande do Sul, que perdeu seu principal espaço de divulgação e comercialização – o Largo Glenio Peres).

Chamamos atenção ainda para a Lei Geral da Economia Solidária, que cria a política, o Sistema e especialmente o fundo da Economia Solidária, firmando nosso compromisso e compreensão da importância do mutirão na coleta de assinaturas para o projeto de iniciativa popular, garantindo assim o cumprimento da meta de 201.419,73 mil assinaturas para a Região Sul.