Fonte: Adriana (adriana@aspta.org.br)

No dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, 08 de março, mais de 1500 agricultoras da região da Borborema se encontrarão no município de Esperança, estado da Paraíba, para denunciar as desigualdades sociais e a violência contra mulher, mas também marcharão pela luta por direitos e por relações mais justas na agricultura familiar. Será realizada no dia 8 de março, a III Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia.

A marcha é organizada pelo Polo Sindical e das Organizações da Agricultura Familiar da Borborema – um fórum de sindicatos e organizações da agricultura familiar que articula 15 municípios e mais de 5 mil famílias do Agreste da Borborema com a assessoria da AS-PTA Agroecologia e Agricultura Familiar.

O ato terá início às 9h, em frente à sede do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Esperança, à praça Getúlio Vargas com a apresentação da peça “A vida de Margarida – parte II”, encenada pelo Grupo de Teatro do Polo da Borborema. Dessa vez, Margarida sentirá a perpetuação das relações patriarcais em várias instituições da sociedade.

Após a peça, as agricultoras sairão em marcha até a praça da Cultura onde se realizará uma grande feira de exposição de experiências e produtos frutos do trabalho das mulheres. A feira, aberta ao público, será um espaço de visibilidade da contribuição técnica, social, econômica e política das agricultoras.

A primeira edição regional da Marcha aconteceu em 2010 em Remígio e contou com a participação de 900 mulheres de 15 municípios. No ano seguinte, em 2011, foi realizada a II Marcha no município de Queimadas. Essa edição, contou com a participação de 1.800 mulheres da região do Polo e algumas caravanas de várias regiões que compõem a Articulação do Semi-árido Paraibano (ASA Paraíba) e o Coletivo Estadual de Mulheres do Campo e da Cidade.

Em todos os anos, a marcha marca o encerramento de uma série de eventos municipais em que se faz uma leitura crítica das manifestações das desigualdades e a persistência história da cultura patriarcal, assim como, busca valorizar as estratégias de superação desse quadro. Esse trabalho é construído dentro da rede de agricultoras-experimentadoras do Polo e a partir da suas práticas. Esses eventos também são momentos de afirmação do protagonismo das mulheres na construção do projeto agroecológico para região.