Fonte: www.abcdmaior.com.br

O primeiro seminário sobre Economia Solidária em Ribeirão Pires reuniu diversos representantes do setor, entre eles a cooperativa de reciclagem Cooperpires e a Anteag (Associação Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogestão). O evento ocorreu na tarde desta sexta-feira (09/09) na Câmara Municipal e discutiu o assunto para implantar o sistema de trabalho oficialmente no município.

A Economia Solidária é definida como um sistema de trabalho diferente, de autogestão, que tem como prioridades fortalecer o grupo de trabalho por meio da cooperação entre os membros, de forma sustentável. Artesãos, costureiras e outros tipos de grupos de trabalho podem se enquadrar nesse tipo de produção. Em Ribeirão Pires são diversos setores que podem se inserir neste sistema, entre eles as doceiras e artesãos.

O grupo representante da Cooperpires explicou que busca informações sobre a Economia Solidária. “A cooperativa foi criada há sete anos e cresceu muito nesse período, atualmente reciclamos 40 toneladas de material por mês. Viemos conhecer mais sobre esse assunto e ver como podemos fazer parte para melhorar a nossa gestão”, disse a secretária Luciana Miguel.

A representante da Anteag, Francisca Rodrigues da Silva, afirmou que o evento é fundamental para discutir o assunto. “Essas ocasiões são importantes para as trocas de experiência e saber mais sobre o que está sendo feito sobre este tema no País.”

O padre Cícero Soares da Silva Neto explicou que a Economia Solidária é essencial para os trabalhadores. “A Igreja já realizou uma campanha da Fraternidade com o tema da Economia Solidária para divulgar e mostrar essa alternativa de trabalho aos pobres. Realizamos atividades para estimular grupos e os resultados foram ótimos.”

Na Região, apenas Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá têm a Economia Solidária implantada. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Marcelo Menato, explicou que o município já incentiva o setor. “Temos grupos de trabalhadores nesta linha, como a Cooperpires e a associação das chocolateiras, mas queremos implantar de fato para que outros grupos sejam atendidos e consigam se desenvolver na cidade. É importante o apoio municipal para orientar e esclarecer as dúvidas”.

Em Mauá, a Economia Solidária foi implantada este ano. “Estamos desenvolvendo um diagnóstico para avaliar quais são as necessidades e o perfil exato dos grupos em Mauá. Temos um público forte na área de costura e artesanato. E estamos buscando cada vez mais ampliar o atendimento para consolidar esse novo modelo de trabalho”, disse a diretora do departamento de Economia Solidária de Mauá, Cátia Costa.

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