Fonte: Ana Dubeux (anadubeux66@gmail.com)

O Fórum Pernambucano de Economia Popular e solidária de Pernambuco, representação estadual do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, surpreendido pela decisão unilateral do governo federal (através do PL 865/2011 atualmente em tramitação no congresso nacional) de levar para a Secretaria Especial de Micro e Pequenas Empresas as atribuições da Economia Solidária extinguindo a Secretaria Nacional de Economia Solidária, está organizando uma reunião pública no dia 27/05, das 08 às 12h, na Assembléia Legislativa do estado de Pernambuco para discutir esta questão.

Todos vocês receberão convite formal para este evento no início da próxima semana, mas iniciamos já um processo informativo acerca da temática para que todos possam compreender, ouvir e ver a pauta da Economia Solidária no Brasil, uma vez que fomos literalmente considerados como invisiveis pelo governo federal.

Faço isto a partir do caso do Equador que poderá com certeza assumir a vanguarda das proposições na area que até então era brasileira se não conseguirmos convencer o governo brasileiro de que a economia solidaria é uma estratégia de desenvolvimento que pode inclusive contribuir com a estratégia de combate à pobreza da presidenta Dilma.

Nos colocamos radicalmente contra a medida unilateral adotada pelo governo pois consideramos que o trabalho associado é um direito e existem mais de um milhão de trabalhadores no Brasil que escolheram esta estratégia para produzir riqueza em nosso pais ! Fazem isso através de estratégias construidas no cotidiano (finanças solidarias, comércio justo e solidario, formação e assistência técnica com base na autogestão, consumo responsavel, entre tantas outras) com pouco ou nenhum apoio governamental pois o que tem interessado aos governos em suas diferentes esferas no Brasil nos ultimos tempos é o crescimento econômico desenfreado numa perspectiva que não inclui do ponto de vista social e econômica milhares de trabalhadores no Brasil. Não podemos concordar com a logica de que a unica estratégia possivel para promoção do desenvolvimento seja o fortalecimento das empresas numa logica mercantilista que não resguarda os valores e principios da justiça social, do respeito ao meio ambiente, da democracia e da equidade e sobretudo é excludente para uma enorme parcela da população.