Por Tatiana Felix*

Aparecendo entre os piores índices no ranking da fome no Brasil, o estado do Tocantins, localizado na região Norte do país, está buscando estratégias para reverter esta situação. Na quinta-feira (24), representantes das secretarias estaduais, entidades sociais, entre outras instituições, se reuniram para pensar propostas de projeto que promovam a inclusão produtiva no estado.

De acordo com o diretor de Inclusão Produtiva, Valter Frota, a proposta é elaborar um projeto envolvendo todas as secretarias estaduais, para promover a Economia Solidária (ES) como estratégia de combate à fome e à pobreza durante quatro anos.

“Considerando a sustentabilidade proposta pela Economia Solidária, acreditamos que essa economia poderá mudar o quadro social, cultural e econômico das famílias carentes”, explicou.

O intuito é captar recursos nos ministérios em Brasília, Distrito Federal, onde o macro projeto será apresentado. A idéia é que, sendo aprovado, o projeto seja levado, inicialmente, para os 20 municípios mais pobres do estado.

Segundo Valter, cerca de 5 mil famílias devem ser beneficiadas, entre elas, as que já recebem benefícios de programas sociais. A ideia é capacitar os beneficiários, qualificar os empreendedores/as que já atuam na área da ES e fortalecer, principalmente, a agricultura familiar.

Mas estas não são as únicas ações do projeto. Como envolve todas as secretarias do governo, o programa econômico solidário global contemplará ações também nas áreas de saúde, educação, ciência e tecnologia, entre outras, segundo Valter. O objetivo é colher os primeiros resultados já em dezembro deste ano.

Além disso, durante os quatro anos do projeto deverão ser realizadas 20 Feiras regionais de ES, mais Fóruns e capacitação dos empreendedores solidários. “Nós vamos procurar associações e cooperativas para levar a qualificação profissional”, informou.

O último mapeamento realizado no estado identificou 502 empreendimentos econômicos solidários tocantinenses. A expectativa, segundo Valter, é que esse número aumente com a execução do projeto.

“A Economia Solidária é de suma importância para agregar valores nas áreas sociais, culturais e econômicas. Ela traz a universalidade de direitos e deveres entre as pessoas. A Economia Solidária é a nova alavanca utilizada pelo governo do estado para trazer o desenvolvimento regional sustentável”, concluiu.

*Jornalista da Adital