Organizadores do Fórum Social Mundial em Dacar põem em prática a descentralização das atividades para permitir que grupos e indivíduos de todo o mundo participem do evento. São três as possibilidades: encontros à distância com um grupo que esteja em Dacar, participação à distância numa atividade realizada em Dacar ou realizar uma atividade externa e transmiti-la.
As atividades “Dacar Expandida” estarão acontecendo de 4 a 13 de fevereiro de 2011. Você e/ou sua organização podem preparar à distância uma ação a partir da sua cidade, bairro, escola ou trabalho, com a intenção de participar do FSM 2011 mesmo não estando presencialmente em Dacar.
Caso haja interesse, escreva para facilit.espaco.fsm.extendido@gmail.com enviando as seguintes informações: Local, data, horário, organização proponente, pessoa de contato, tema e formato da atividade.
Para maiores informações acesse: http://openfsm.net/projects/dakar-etendu/invit/#PT
Saiba Mais
De http://fsm2011.org/br/fsm-2011
Fórum Social Mundial Dacar: resistência e luta dos povos africanos
O Fórum Social Mundial retornará à África em 2011. Depois de Nairóbi (Quênia), Dacar, capital senegalesa, receberá a edição centralizada entre 6 e 11 de fevereiro de 2011, diferentemente de anos anteriores em que acontecia nos mesmos dias do Fórum Econômico de Davos. Com enfoque na história de resistência e luta dos povos africanos, o FSM 2011 deverá encontrar a interface necessária com as lutas e as estratégias globais comuns à África, ao Sul e ao resto do mundo. Para os organizadores, o retorno do FSM à África expressa solidariedade ativa do movimento social internacional, apoio bem-vindo já que “a África corre o risco de pagar pela crise atual do capitalismo, já estando enfraquecida pelos programas de ajustes estruturais da década de 1980 e 1990.”
O que é o Fórum Social Mundial?
Um espaço de debate democrático de ideias, aprofundamento da reflexão, formulação de propostas, troca de experiências e articulação de movimentos sociais, redes, ONGs e outras organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo. Após o primeiro encontro mundial, realizado em 2001, se configurou como um processo mundial permanente de busca e construção de alternativas às políticas neoliberais. Esta definição está na Carta de Princípios, principal documento do FSM. Caracteriza-se também pela pluralidade e pela diversidade, tendo um caráter não confessional, não governamental e não partidário. Ele se propõe a facilitar a articulação, de forma descentralizada e em rede, de entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial. O Fórum Social Mundial não é uma entidade nem uma organização.