Fonte: Assessoria de Comunicação do COEP
Que tipo de modelo de desenvolvimento rural queremos para o Brasil?
Baseado nesta questão, a Rede Mobilizadores COEP promove de 30 de agosto a 3 de setembro o fórum on-line Modelo de desenvolvimento X Uso de agrotóxicos, com cinco convidados: Cláudia Schmidt, Denis Monteiro, Flávia Londres, Flaviane de Carvalho Canavesi e Gabriel Fernandes, especialistas na área de desenvolvimento e agricultura, transgênicos e agrotóxicos.
A ideia é debater os diferentes modelos de desenvolvimento rural e o impacto de cada um deles na sociedade: grandes extensões de terra x pequenas propriedades; transgênicos x sementes nativas; mecanização x mão de obra no campo; agrotóxicos x defensivos naturais; monocultura x poliprodução; agronegócio x agricultura familiar . Quais as características de cada modelo? Qual deles deveria ser priorizado pelas políticas públicas brasileiras? É possível produzir em grande escala utilizando o modelo agroecológico, que não faz uso de defensivos químicos? Como fazer a transição do agronegócio para a produção familiar agroecológica?.
A engenheira agrônoma e consultora da Assessoria de Serviços e Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA), Flávia Londres, lembra que a sociedade brasileira precisa decidir se é preferível um modelo de desenvolvimento rural baseado em muita terra para poucos, manejadas com pouca mão de obra e altíssimo uso de máquinas e produtos químicos- e consequentemente alta degradação ambiental -, ou um modelo de menos terra para muitos, em que sistemas intensivos possam empregar muita mão-de-obra, dinamizar economias e abastecer mercados locais com alimentos saudáveis.
A agropecuária brasileira, baseada no modelo do grande agronegócio, responde por 23,7% do PIB nacional; movimenta 38,5% da exportações e emprega cerca de 40 milhões de pessoas. Considerada o motor da economia nacional, lidera o ranking da produção mundial de 10 tipos de alimentos e está entre os maiores produtores em cerca de trinta produtos. No entanto, o modelo adotado pelo grande agronegócio é o de vastas extensões de monoculturas, com grande emprego de mecanização, eliminando elementos da paisagem natural, com redução da biodiversidade e exaustão do solo, além de ampla utilização de agrotóxicos.
De acordo com Jean Marc Von der Weid, doutor em Economia Agrícola, fundador da AS-PTA, e um dos maiores especialistas do assunto no país, a idéia de um sistema agrícola baseado em propriedades familiares é uma possível solução para resolver o problema da marginalização da população. A agroecologia não provoca danos ambientais nem destrói recursos naturais, além disso, vem mostrando capacidade de produzir com rendimentos por hectare iguais ou superiores aos sistemas convencionais, possuindo custos de produção mais baixos. O fórum será realizado no Grupo Meio Ambiente , Mudanças Climáticas e Pobreza. Para participar, é preciso estar cadastrado no Mobilizadores COEP.
O cadastro é simples e rápido. Basta acessar o site e clicar em Inscreva-se.
Sobre os convidados: Claudia Job Schmitt Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação de Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Denis Monteiro É engenheiro agrônomo, agroecólogo e secretário-executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).
Flávia Londres Engenheira agrônoma e consultora da Assessoria de Serviços e Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA). Flaviane de Carvalho Canavesi Doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pelo Instituto de Planejamento Urbano e Regional (IPPUR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Gabriel Fernandes Engenheiro agrônomo e assessor técnico da AS-PTA, coordenador da Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos.
Mais informações sobre o Fórum ou sobre o Mobilizadores COEP podem ser obtidas pelo telefone (21) 2528-3352.
Já está no ar: http://agregario.com/rede-coep-promove-forum-modelo-desenvolvimento-rural