Fonte: ASCOM do FBES
No mês de agosto foi realizado um debate, em Brasília, sobre a convergência das políticas de economia solidária na perspectiva do fortalecimento do movimento de de economia solidária. Ele permitiu, a partir dos programas em andamento, uma visão dos desafios futuros do movimento. A iniciativa partiu da Coordenação Executiva do FBES, com o intuito de reforçar a necessidade de permanência de espaços de diálogos entre o movimento e as entidades executoras dos programas de ES.
A reunião tirou uma agenda de ações que apontam para o fortalecimento da economia solidária, ao mesmo tempo que contribua para a construção de políticas públicas integradas. Entre os apontes finais foram tirados como questões importantes o avanço na luta de um marco legal para compras públicas de produtos oriundos de empreendimentos de economia solidária, tal como existe nos produtos da agricultura familiar que são destinados à merenda escolar. Além disso foi tirado a criação de uma carta assinada pela coordenação executiva do FBES e pelas entidades executoras de programas e ações expondo suas visões sobre ecosol. Outro ponto importante foi a necessidade da criação de uma plataforma política do movimento de economia solidária para ser entregue aos presidenciáveis.
O foco da reunião foi olhar os programas sob a ótica dos 4 eixos que organizam as bandeiras do movimento de economia solidária e das 6 linhas de ação do FBES. Participaram da reunião representantes de entidades executoras de vários programas, como o Brasil Local (nacional, regionais e feminista), PRONINC, CFES (nacional e regionais), Pronasci e Dinamização Territorial da SDT/MDA. E as seguintes entidades executoras: Rede de ITCPs, Kairós, NESOL, AACC, Unitrabalho, IMS, Faces do Brasil, Cáritas, Guayí e Via do Trabalho.
A reunião trouxe o acúmulo de experiências dos atores na execução dos programas de economia solidária e a relação destes com os fóruns nas regiões dos programas em andamento.
“O FBES teve um grande protagonismo na articulação dos programas. O papel agora é pautar o controle social enquanto Fórum e não enquanto conselho”, afirmou Diogo Tsukumo do Kairós.
A dinâmica da reunião foi trabalhar a partir da apresentação de todos os participantes, que trouxeram suas experiências, cruzadas com as bandeiras e linhas de ação do movimento. No decorrer das apresentações, o grupo procurou encontrar onde estavam os gargalos e vazios, para então construir uma agenda de convergência na perspectiva do movimento.
Uma questão de consenso entre os participantes é que o grande desafio dos programas é não se fecharem em si mesmos, daí a importância de construir uma ação de convergência entre eles. Nesse sentido, foi colocado a necessidade de se ter uma visão panorâmica de todas as políticas de economia solidária em curso.
Na relação com os Fóruns, foi colocado que a participação das entidades executoras dos programas nos Encontros Regionais dos Fóruns, previstos para ocorrer nos próximos dois meses, seria muito importante, na medida que este diálogo pode ser replicado, fortalecendo o movimento de economia solidária no país. Este diálogo levaria para as bases, a reflexão sobre integração dos programas de ES, possibilitando avaliação e qualificação das políticas, para futuramente subsidiar a construção de um programa nacional articulado.
As orientações gerais e administrativas para a realização dos Encontros regionais, estão disponíveis em: www.fbes.org.br/?option=com_docman&task=cat_view&gid=436