Por Tatiana Félix*

O Banco da Gente, organização de sociedade civil de interesse público (OSCIP), localizado no Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste do país, surgiu em 1999 para atender aos micros e pequenos empreendedores, uma população considerada “excluída” do sistema bancário tradicional. “É uma oportunidade para essas pessoas que também sonham em levar seu empreendimento adiante”, explicou o Diretor Geral da instituição, Márcio Laabs.

Hoje, mais de dez anos depois, o Banco da Gente tem 26 pontos de atendimento em todo o estado e atende vários segmentos, formais ou informais. Os mais recentes são o da Economia Solidária e o da Agricultura Familiar. “Aqui no Centro-Oeste somos pioneiros em atender pessoas da agricultura familiar”, ressaltou Márcio.

Desde março deste ano, o Banco da Gente abriu a Linha de Crédito para agricultores familiares. O objetivo é facilitar o crescimento e a consolidação dos pequenos agricultores, produtores e criadores rurais, em suas propriedades. Além do empréstimo, a linha oferece atendimento técnico e acompanhamento trimestral. Para este segmento o banco oferece crédito de até R$ 10 mil, com taxa de juros de 1% ao mês e prazo de pagamento que varia de acordo com a atividade e o projeto, até 60 meses.

Já a Linha de Crédito para Economia Solidária existe há mais de um ano e atende empreendimentos econômicos solidários em atividade por no mínimo seis meses. Para os empreendimentos informais, o banco oferece, no máximo, R$3 mil, para investimento misto, com prazo de até 18 meses para pagamento. Se o negócio for formal, o empréstimo para investimento misto aumenta para R$ 5 mil, mantendo os mesmo prazos.

Os empreendimentos solidários podem solicitar empréstimos para investir em capital de giro ou investimento fixo. Em todas as operações o empreendedor pode contar com um prazo de carência de até 2 meses e a taxa cobrada é de 1,8%. É necessário ter avalista ou fiador solidário.

Ele explicou que como entidade financeira social o objetivo do Banco da Gente é gerar emprego e renda. “Até quatro anos atrás nós atendíamos uma taxa de 98% do setor informal. Hoje, são 92% deste setor”, disse. “Isso significa que os informais estão se formalizando, o que é muito positivo, porque melhora o serviço que eles oferecem, além de se aperfeiçoarem”, ressaltou.

Diferente dos bancos comunitários que são destinados, exclusivamente, para os empreendimentos da Economia Solidária, mas, com a mesma proposta, o Banco da Gente também promove a inclusão social de quem tinha um sonho, mas não tinha meio de realizar, já que os sistemas financeiros tradicionais excluem as pessoas que mais precisam, justamente, por não ter garantias a oferecer.

Mas o diretor ressaltou que o microcrédito ainda é uma iniciativa nova na região. Além de oferecerem este serviço que é o mais procurado no banco, a entidade também promove a orientação empresarial, através de parceria com o Sebrae. “Não adianta ter só o empréstimo, é preciso dar assessoria para ter a estabilização do negócio”, declarou.

Mais informações, acesse: http://www.bancodagente.ms.gov.br ou pelo e-mail: atendimento@bancodagente.ms.gov.br.

* Jornalista da Adital