Fonte: João Luis (fmjsilva@yahoo.com.br)

Neste carnaval, entre idas e vindas as “celebrações carnavalescas” pelas ruas de Copacabana e Ipanema, aproveitei para ler dois livros que muito me despertavam a atenção, e ao lê-los posso afirmar que são muito interessantes e podem ajudar muito na Campanha da Fraternidade de 2010 “Economia e Vida”.

Um deles trata de um romance de Jorge Amado: “um exemplo admirável do que é um verdadeiro romance popular”. Gabriela, Cravo e Canela… além de contar uma história de uma retirante do norte da Bahia no Sul da Bahia, conta a história de uma cidade que foi degradada culturalmente e ambientalmente a custa de progresso econômico monetário encima de uma monocultura agrícola que foi o cacau. Cidade esta que chamam de Ilhéus. Vale a pena ler!!!

O outro é uma tradução e adaptação de Severino de Morais da Editora Expressão Popular. “SUZANA E O MUNDO DO DINHEIRO” é a história de uma jovem de 14 anos que com seus pensamentos sobre o mundo e sobre as coisas da vida, descobre o mundo do trabalho e o mundo do dinheiro e suas contradições. E indagando sobre o sentido de tudo, se perguntou: “Por que será que as coisas são assim?”. Resolveu então escrever uma carta ao “Vovoso” – expressão carinhosa que usava pela admiração que tinha pelo seu avô paterno que era escritor; e como ela dizia – escrevia livros para adultos.

Duas passagem chamam atenção…Quando ela se pergunta: “Mas… por acaso dá para levar a sério a vida dos adultos, nesse mundo de ponta-cabeça que eles inventaram? E concluía dizendo que a felicidade de ser adulto a partir de certo momento da vida, sem dúvida, é uma fantasia – só os adultos mesmo é que acreditavam nessa babaquice…” e questionava-se: “para que se tornar adulta se estarei condenada a viver num mundo de ponta cabeça?”.

Então escreveu a carta ao “vovoso”. E como resposta, ele a dizia “que ela era uma grande economista, pois detectara que o mundo anda mesmo de ponta-cabeça, pelo fato de separar trabalho e prazer. Além do mais, ela percebera uma coisa essencial, ou seja, o fato da troca do trabalho por dinheiro.” Ela ao ler: Eu!? Economista!? Pensou… nem sei direito o que significa essa palavra. Mas será que os economistas se dedicam a explicar por que o mundo está como está?” E o vovoso continuava – há dois modos de ver o mundo: o modo certo e um outro que concorda com o que tem acontecido. Os economistas de hoje só vêem o mundo do trabalho pelo lado do dinheiro. Temos nos esquecido de vê-lo pelo lado prazeroso da vida.

Os antigos economistas, no tempo em que dinheiro não era tão importante como hoje, conheciam muito bem esses dois modos de ver o mundo. HOJE PORÉM QUEM MANDA É O DINHEIRO. Os antigos economistas eram capazes de entender e associar o trabalho à vida e à felicidade. Os economistas, hoje, consideram trabalho unicamente aquela atividade que se realiza em empresas, ou em qualquer tipo de iniciativa que possa se transformar em dinheiro…E assim o muno se move em função do dinheiro.