Fonte: Comunicação CAA (caacomunica@gmail.com)

Uma nova perspectiva por meio da economia solidária. Este foi o horizonte traçado por famílias do semiárido baiano beneficiadas pelo projeto Cidades Sustentáveis, do Centro de Assessoria do Assuruá (CAA), no seminário Gestão, Comercialização e Economia Solidária, promovido na sexta-feira (29), em Irecê, a 461 km de Salvador, no campus da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

O evento reuniu representantes da sociedade civil e do poder público do território de Irecê, que envolve 20 municípios contemplados pela política de divisão identitária estabelecida pelo governo federal, implantada na Bahia a partir de 2007. Mais de 200 pessoas participaram da atividade, em que também foi lançado o Portal dos Direitos Sociais do Território de Irecê, organizado pelo projeto. O objetivo é que o portal www.sertaocidadao.olopropo.net seja um dos principais canais de informação sobre direitos econômicos, sociais e políticos na área.

Na opinião da professora da Uneb Stella Rodrigues, palestrante da atividade, para a economia solidária acontecer, de fato, é preciso autonomia dos grupos envolvidos, autogestão e cooperação. “Sem esses três princípios básicos nenhum projeto acontece”, frisa.

O coordenador do CAA Mário Augusto Jacó lembra os desafios enfrentados pelo projeto Cidades Sustentáveis. “Quando a União Européia (EU) lançou o edital ofertando recursos para projetos nas cidades, decidimos encarar o desafio de trazer a experiência que o CAA já realiza no campo para as famílias das periferias de Irecê, Central, Lapão e Uibaí. Inicialmente, muita gente não acreditou, mas muitos setores públicos e da sociedade civil nos apoiaram e se envolveram no projeto. Trata-se de um novo modelo de desenvolvimento humano e solidário, que está melhorando a qualidade de vida das pessoas”.

Na atividade, foram demonstradas experiências exitosas para gestão e comercialização dos produtos oriundos das hortas agroecológicas. Coordenadora do Cidades Sustentáveis, Paula Silva ressalta o fato de o projeto acreditar na capacidade criativa de cada indivíduo envolvido na iniciativa. “Por meio da economia solidária, eles estão garantindo renda, mas também cidadania para suas vidas”.