Fonte:Jornal Agora de RG

Com o objetivo de fomentar a economia solidária e o mercado de trocas, o Núcleo de Desenvolvimento Social e Econômico (Nudese) da Furg, juntamente com o Fórum Microrregional de Economia Solidária do Município, está realizando a 1ª Feira Econômica Popular Solidária, no Ginásio AFM, na rua General Vitorino, 439. O evento foi na primeira semana de novembro e contou com apresentações artísticas, invernada e oficinas de trocas solidárias e produção de mudas, sempre até às 17h.

Participam da feira 60 grupos coletivos de trabalho dos Municípios do Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Piratini, Viamão, Guaíba, Porto Alegre, Pelotas e São José do Norte, conforme informou a colaboradora do Nudese, Regina Baldissera. Ela também disse que o evento é um espaço de formação, troca de experiência e saberes. Luciana Roldão, que também é integrante do Nudese, explicou que o diferencial desta feira é que se trata de um evento gratuito, onde os produtos e serviços são comercializados a preços reduzidos ou através da troca, sem envolver dinheiro. Oficinas e apresentações também estão abertas ao público gratuitamente no evento que deve continuar com edições anuais, segundo Baldissera.

No local, são comercializados diversos produtos artesanais como bonecas, roupinhas de bebês, panos decorados, cachecóis, brincos, bolsas, cuias, entre outros, com ótimos preços. Também há bancas com produtos como mel, casquinhas de laranja e jurupiga. Além disso, há um espaço destinado à troca de livros. O evento, que reúne artesãos e agricultoras, tem o apoio da Emater que, além de desenvolver oficinas de reutilização de material reciclável, é comprometida em ministrar ações direcionadas às mulheres, promovendo a inclusão no mercado de trabalho, geração de oportunidades, aumento da renda e melhoria da qualidade de vida das famílias.

A extensionista da Emater em Rio Grande, Tânia Soares, salientou que o trabalho da entidade consiste, entre outros, em ensinar mulheres a produzir com matérias de baixo (ou nenhum) custo, “como, por exemplo, as cascas de laranja, que a maior parte das pessoas não aproveita, podem ser transformadas em tirinhas de casca de laranja cristalizadas” disse. Tânia também falou sobre a reutilização das garrafas pet, que, “na maioria das vezes, acabam indo para o lixo e posteriormente poluem o ambiente”. Com mais propriedade sobre o assunto, a extensionista de Cristal, Maria Clara Pícoli, que ministrou a oficina de construção de puffs com o material, salientou que é possível fazer quase tudo “com criatividade pode-se confeccionar porta trecos, vassouras, cadeiras, pufes, camas, cortinas, porta-papel, porta-lenços entre vários outros produtos”, disse.

Por sua vez, a manicure Janaina Teixeira dos Santos, que atende pelo telefone 9949-1035 no balneário Cassino, está trabalhando com unhas desenhadas a R$ 3, sendo R$ 7 o preço habitual. “Quase não estou dando conta de tanta procura aqui na feira”, falou a artesã. Margarete Silva de Melo, da ONG Mãos Unidas Pela Vida, aproveitou a oportunidade para distribuir camisinhas e material informativo sobre DSTs e Aids e refazer as unhas com a manicure.