Fonte: Imprensa Caravana Solidária Goiás

A utilização do Pequi, moeda social de Goiás, para comprar alimentos, roupas e todo tipo de artesanato durante a Feira de Economia Solidária em Pirenópolis foi aprovada por todos. Consumidores e os 32 empreendedores presentes na feira trocaram o Real pelo “Pequi” no Eco Banco e efetuaram as compras. A I Feira Microrregional em Rede de Economia Solidária e Agricultura Familiar da Região do Entorno de Brasília foi realizada de 6 a 8 de novembro na Praça Central, em Pirenópolis.

Somente no sábado, dia 7 de novembro, o coordenador do Eco Banco em Goiás, Altamiro Moreira, calcula que o movimento da moeda social ultrapassou os mil reais, o que ele considera uma vitória, levando-se em consideração o fato de ser uma novidade para muitos produtores e consumidores.

“O interessante da moeda social, aqui é o Pequi, é que o dinheiro circula na feira, entre os empreendedores e não corremos o risco de pegar dinheiro falso”, comentou Regiane José da Silva, de Caxambú, distrito de Pirenópolis, Goiás. Ela representa um empreendimento de artesãos da região. Rosa Antonia, artesã da mesma comunidade concorda e viu na troca de produtos entre os empreendimentos uma oportunidade para divulgar o trabalho.

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“É mais higiênico, a gente não fica manuseando o Real que passa por várias mãos e é sujo. Eu gostei muito e acho que todas as feiras deveriam utilizar o Pequi. A gente tem mais controle sobre a moeda”, conta Flora Dias, do Trem do Cerrado, uma cooperativa de alimentos de Pirenópolis. No sábado era uma das mais animadas com a utilização do Pequi.

Entre os consumidores a idéia de usar a moeda social Pequi para efetuar as compras na Feira de Economia Solidária agradou em cheio. Caso da turista de Goiania, Conceição Aparecida Borges Martins. “Achei excelente e é um programa excelente para incentivar a economia local. Muito bom mesmo”, disse após entender como funciona a moeda social e seus objetivos.

“Se a gente quer mudar e fazer uma economia diferente e mais justa temos que ir para esse lado e usar a moeda social. Acho importante usar o Pequi na feira e dar de troco para o consumidor e incentivar sua utilização”, conta Lúcia Cruz, da ASSOARTS,associação de artesãos de Brasília. Ela conta que na capital federal em uma das feiras da economia solidária utilizaram a moeda “Caiambá” e deu muito certo. Caiambá significa dinheiro na língua da tribo Pataxó.

Moeda Social

Nas próximas feiras que serão realizadas até dezembro em Goiás o objetivo é incentivar ainda mais a utilização do Pequi. A moeda social é impressa pela Casa da Moeda e tem como objetivo incentivar o comércio local, para que o dinheiro fique nas comunidades.

A Coordenadora do Projeto Bancos Comunitários de São Paulo, Juliana Braz, esteve em Pirenópolis para explicar como funciona o uso da moeda social. Em São Paulo foram implantados em junho deste ano cinco bancos comunitários em conjuntos habitacionais na periferia da cidade. O objetivo dos bancos comunitários e o uso da moeda social é estimular o consumo no bairro e desenvolver o comércio local.

Uma experiência que já funciona bem, explica Juliana Braz, é o Banco Comunitário Palmas, em Fortaleza, Ceará. A moeda social “Palmas” é utilizada no conjunto habitacional Palmeiras na capital cearense fazendo com que o dinheiro circule no próprio bairro gerando emprego, renda e cidadania.

Fonte: Imprensa Caravana Solidária Goiás imprensacaravanasolidaria@gmail.com