Fonte: Por Tatiana Félix – Adital
Na região do Cariri localizada no sul do estado do Ceará, aconteceu de 09 a 12 de outubro, a III Exposição de Produtos da Economia Solidária da Base Familiar Centro Nordestina (Expofam). A feira foi realizada no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante, na cidade do Crato. Cerca de 200 produtores participaram com produtos que vão do artesanato à agricultura familiar.
Segundo Expedito Guedes, coordenador da Exposição, o evento tem por objetivo promover e difundir o desenvolvimento econômico através do cooperativismo, sustentabilidade e respeito à natureza, conceitos básicos da economia solidária.
No ano passado, cerca de seis mil pessoas passaram pela Expofam. A expectativa para este ano é que o número chegue a nove mil visitantes. O evento tem chamado a atenção de outros estados e, pela primeira, vez expositores do Rio Grande do Norte participarão da exposição. Também são esperados representantes de Pernambuco e do Piauí.
De acordo com Expedito, não só a comercialização dos produtos, mas as oficinas realizadas durante os dias da feira têm chamado a atenção do público. Ele acredita que este é um dos fatores que estimula maior demanda e participação tanto da população, quanto dos produtores.
No primeiro dia haverá um seminário que debaterá a questão da Reforma Agrária e da Economia Solidária. Apresentações culturais e oficinas sobre cooperativismo e crédito fundiário também estão incluídas na programação. Além disso, a Casa de Farinha e o Engenho de Cana estarão em funcionamento mostrando como é o processo de produção da farinha, goma, beiju e massa fresca; rapadura, alfinim, mel e caldo de cana, respectivamente.
O coordenador da Expofam defende os benefícios da economia solidária principalmente na questão da sustentabilidade, fator que, segundo ele, não é apresentado pelo modelo capitalista. Ele ressalta que este novo modelo econômico tem despertado o interesse dos moradores da região no sentido de se ter uma sociedade mais organizada e preocupada com a preservação da natureza.
Ele afirma ainda que, já na terceira edição, a exposição tenta se inserir no calendário de eventos turísticos da região. “Queremos que o turismo daqui passe pela Economia Solidária”, diz Expedito. Porém, lamenta que ainda faltem estímulos e políticas públicas para que o evento apresente maiores resultados.