Fonte: Agência Brasil
Os projetos de economia solidária e promoção do desenvolvimento territorial vão receber apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da ordem de R$ 40 milhões, para combater os efeitos negativos que venham ocorrer no entorno das obras financiadas pelo banco, como as do Complexo Industrial Portuário de Suape (PE), do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Hidrelétrica de Estreito (MA/TO) e da Ferrovia Transnordestina, entre outros.
Um acordo de cooperação técnica com esse objetivo foi assinado entre o BNDES e a Fundação Banco do Brasil (FBB). Ele prevê que os recursos não reembolsáveis serão divididos meio a meio entre as duas instituições.
O diretor das Áreas de Inclusão Social e de Crédito do BNDES, Élvio Gaspar, em entrevista à Agência Brasil, explicou que em obras do porte de Suape, por exemplo, a tendência é de no seu entorno aparecerem favelas ou ambientes não muito salubres.
“A nossa intenção é fomentar a constituição de cooperativas de serviços e de produção de baixa renda para que elas possam oferecer serviços e produtos para aquele adensamento populacional que vai acontecer ali em Suape. Dessa forma, a gente consegue evitar a sub-habitação, a aglomeração irregular. A gente consegue diminuir os impactos negativos de um projeto de grande porte. É esse o objetivo”.
Gaspar disse que o acordo será desenvolvido em duas frentes: com os estados e os Territórios da Cidadania, para apoiar os projetos de desenvolvimento econômico e geração de trabalho e renda, principalmente no semiárido do Nordeste; e no entorno das grandes obras, principalmente as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O diretor do BNDES afirmou ainda que o acordo prevê a realização anual de um plano tático de atuação conjunta entre o banco e a FBB. Ele estima que serão apoiados no primeiro ano mais de mil projetos, e que, nos próximos dias, serão escolhidos os projetos no âmbito do programa Territórios da Cidadania no semiárido nordestino.