Fonte: www.verdesmares.globo.com

As peças em cerâmica produzidas pelas habilidosas mãos dos oleiros do distrito de Maragogipinho, a 230 quilômetros de Salvador, chamam a atenção por sua beleza e cuidadosa fabricação. São moringas, vasos, pratos, esculturas, entre outras, que estão à disposição de compradores de grandes empresas da Bahia, de Alagoas, Pernambuco, do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Norte. A Associação de Auxilio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho é uma das 19 unidades produtivas que participam da II Rodada de Negócios de Artesanato. O evento encerrou no dia 23 de julho, na capital baiana.

O presidente da associação, Denisval Santana, apresenta com orgulho os trabalhos realizados pelos cerca de 60 associados. Ele acredita que a rodada de negócios é uma oportunidade de ampliar a comercialização. “É a segunda rodada que participamos e os resultados são sempre positivos”, afirma, complementando que até o momento os negócios estão indo bem. “Fechamos algumas vendas, enquanto outros levaram nossos contatos, gerando uma perspectiva de negócio futuro”, conclui.

Denisval ainda destaca o apoio do Sebrae. “Nossa associação existe desde 1988. O Sebrae já nos apóia há cerca de 12 anos. Com certeza, foi um divisor de águas para nós. Estruturamos a nossa associação e aprimoramos a produção. Além disso, temos a oportunidade de participar de exposições e rodadas de negócio, como esta”, diz.

Já a Taboarte, a Associação dos Artesãos do distrito de Maracangalha, participa pela primeira vez de uma rodada de negócios. A vice-presidente, Maria José, aprova a experiência. “A expectativa de gerar negócios é grande”, afirma. Os produtos de Maracangalha são feitos a base de fibra de taboa. São tapetes bolsas, chapéus, produzidos pelos cerca de 100 associados da Taboarte.

O apoio do Sebrae também é considerado fundamental pela vice-presidente. “O conhecimento disseminado para nós foi muito importante para a nossa consolidação como associação. A formatação final do nosso produto também foi desenvolvido a partir dessa parceria com o Sebrae e outras entidades, através de cursos e palestras”, diz.

Compradores de grandes empresas aprovam a produção de artesanato baiana. Carolina Furniel, designer da Le Lis Blanc, participa pela primeira vez de uma rodada de artesanato na Bahia. Ela afirma que, pela qualidade dos produtos, a expectativa de fechar negócios é grande. “Esses contatos, com certeza, firmarão novas parcerias”. Já Thaís Marquez, designer da Tok & Stok, está pela segunda vez em uma rodada de negócios de artesanato. Ela afirma que percebeu um aprimoramento na qualidade dos produtos e em questões organizacionais, como formação de preço. “É uma oportunidade que temos de estar frente a frente com o fornecedor e fechar parcerias para produtos exclusivos”, revela.

“A Tok Stok é conhecida por ser uma empresa exigente na qualidade dos seus produtos. Portanto, a presença deles e de outras grandes compradoras revela a qualidade do artesanato baiano”, afirma a diretora do Instituto Mauá, Emília Almeida. O coordenador da carteira de Economia Critativa do Sebrae, Richard Alves, destaca que as rodadas de negócio são a consolidação de uma estratégia de ações em busca de resultados concretos. “Nas rodadas, os artesãos têm a oportunidade de negociar diretamente com os compradores. O resultado é muito mais efetivo do que a simples exposição do produto”, diz.

A II Rodada de Negócios é organizada pelo Sebrae, em parceria com o Instituto Mauá, órgão do Governo da Bahia. Participam das negociações 14 unidades produtivas dos projetos de Artesanato, Oportunidade de Negócios e Comércio Justo, do Sebrae, e cinco do Instituto Mauá.