Fonte: Adital (www.adital.com.br)

Organizações sociais de todo o mundo realizam desde o dia 28 diversas atividades para celebrar a Semana de Mobilização Global contra a Guerra e o Capitalismo que seguiu até o dia 4 de abril. Em São Paulo, sindicalistas, mulheres, sem-terras, jovens e outros movimentos sociais participam de uma passeata em defesa dos direitos trabalhistas e sociais, pedindo o fim das demissões, a redução dos juros e investimentos públicos.

A programação da Semana de Mobilização foi discutida pela Assembléia dos Movimentos Sociais, durante o Fórum Social Mundial de Belém do Pará. Foram previstos três grandes momentos: dia 28 mobilizações em torno da reunião do G-20, que se reuniu em Londres, no início de abril; segunda-feira (30), será o dia de mobilização contra a guerra e a crise e de solidariedade ao povo palestino; no dia 4 de abril, haverá atividades em protesto aos 60 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Na segunda-feira (30), a Marcha Mundial das Mulheres participa de ato unificado em defesa das trabalhadoras e dos trabalhadores, ao lado das entidades mais representativas do movimento sindical, estudantil e popular. Sob o lema “trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!”, a passeata começará na Avenida Paulista e seguirá para o centro da cidade. O ato será acompanhado de ações e demonstrações em cidades de todo o país.

“Passaremos pela Fiesp, onde protestaremos contra as demissões e contra as condições de trabalho. Depois partiremos em direção ao Banco Central, onde demandaremos uma mudança na política econômica, com a redução da taxa de juros. Por fim, chegaremos à Bolsa de Valores, onde os movimentos sociais vão apresentar uma plataforma de luta”, afirma Sônia Coelho, da Marcha Mundial de Mulheres.

O dia 30 de março também é simbólico, pois nesta data se lembra a defesa da terra Palestina, a solidariedade contra a política terrorista do Estado de Israel, pela soberania e autodeterminação dos povos. “Queremos focar a questão da guerra nessas manifestações. A guerra, de uma maneira particular, afeta diretamente a vida das mulheres, principalmente a questão da violência sexual e da sobrecarga de trabalho, quando as mulheres ficam com a responsabilidade de cuidar de doentes, idosos e crianças”, destaca Sônia.

Cidades de todo o mundo realizarão manifestações contra a crise e contra a guerra. Na Europa, as manifestações ocorrerão principalmente em Londres, por causa da reunião do G-20, e em Estrasburgo, por ocasião do encontro dos membros da OTAN. Na Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, Catalunha, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda (Países Baixos), Índia, Itália, Noruega, País Basco, Paquistão, Québec, Quênia e Reino Unido (na Escócia e Inglaterra) também haverá manifestações.

“Nesse momento de crise financeira, que também é alimentar e energética, só há uma saída: unidade de luta dos movimentos sociais. É importante que diversos olhares constituam um processo comum de luta, pois um setor sozinho não pode dar uma resposta efetiva a essa crise. Temos que mostrar nosso descontentamento nas ruas, porque as grandes empresas são sempre socorridas, mas o trabalhador comum não recebe ajuda”, ressalta a militante feminista.

* Partes da notícia foram modificadas, sem alterar o sentido do conteúdo, para publicação no site do FBES. Texto original na página da Adital www.adital.com.br