Fonte: Comunicação da SRTE/RS

O Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, lançou na quarta-feira (dia 11), em Porto Alegre, o Núcleo Estadual de Assistência Técnica (NEATES) para Empreendimentos Econômicos Solidários.

O Governo Federal está investindo mais de 5 milhões de reais em núcleos inicialmente nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Até o final de 2010, a Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES pretende implantar pelo menos mais oito Núcleos.

Segundo o Diretor de Fomento a Economia Solidária da SENAES, Dione Manetti, no Rio Grande do Sul será investido cerca de R$ 715.000,00 (quinhentos mil reais) e atendidos 120 empreendimentos econômicos solidários, em dois anos.

No Rio Grande do Sul, por meio de edital público, foi selecionada para implementação do NEATES a ONG Guayí, que conta com 8 anos de experiência na Economia Solidária. A execução do Projeto se dará com o apoio da Superintendência Regional do Trabalho, conforme o superintendente, Heron de Oliveira. “Acreditamos nesta iniciativa e a apoiaremos, pois é um segmento econômico prioritário do Ministério do Trabalho e Emprego.”, ressalta.

O Mapeamento realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, entre 2005 e 2007, mostrou que para a consolidação e crescimento deste tipo de iniciativa, é necessário que tenham acesso à assistência técnica. No Brasil, existem 21.857 empreendimentos solidários já mapeados, que envolvem 1.751 milhão trabalhadores associados. O Rio Grande do Sul é o estado que possui o maior número desse tipo de organização, são 2.085.

Empreendimentos econômicos solidários se caracterizam pela autogestão, cooperação, solidariedade, respeito à natureza e valorização do ser humano. Neles, os trabalhadores(as) de forma autônoma produzem e administram o próprio negócio coletivamente.

Para o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer, a economia solidária é uma alternativa à crise financeira, pois o sistema de finança solidária não é especulativo. Por ser autogerido, os trabalhadores(as) administram o próprio negócio, ninguém nunca é demitido porque todos(as) são sócios(as). “Claro que os empreendimentos de economia solidária são atingidos pela crise, mas eles têm que repartir o que eles têm entre todos”, explica o secretário.

Empreendimentos econômicos solidários compreendem uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativa, associações, clubes de trocas, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras. No Rio Grande do Sul, um exemplo de empreendimento econômico solidário é a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas. Em que um grupo de trabalhadores se uniu e recuperou uma indústria falida.

Jornalista Responsável: Flávia Dias (51-9212-4778)