Fonte: www.adital.com.br

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) mantém fundos que, além de financiar agentes produtivos, organizam e difundem informações e estatísticas econômicas, sociais e tecnológicas que subsidiam as ações da instituição. Além de financiar projetos para o desenvolvimento do Nordeste, o BNB tem fortalecido a preocupação com pesquisas e estudos socioeconômicos da Região. Como resultado, o Banco acumulou, através do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) um grande acervo de informações acerca da realidade da região.

Entre os fundos administrados pelo Etene, estão o Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), o Fundo de Apoio às Atividades Socioeconômicas do Nordeste (Fase) e o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). Somente em 2008, as três fontes aportaram recursos na ordem de R$ 20 milhões, contemplando diversas áreas e cadeias produtivas importantes para o desenvolvimento do Nordeste. O FDR e o Fase disponibilizaram R$ 4 milhões, cada.

Com mais de R$ 12 milhões de investimento no ano passado, o Fundeci apoiou projetos para o desenvolvimento de pesquisas na agricultura e na pecuária em busca de alternativas tecnológicas para o Nordeste, principalmente voltadas para a convivência com o semiárido. Segundo o gerente do Ambiente de Fundos Científicos, Tecnológicos e de Desenvolvimento do Etene, José Narciso Sobrinho, a perspectiva dos estudos financiados pelo Fundeci, que foi criado em 1971, é mapear e selecionar as melhores tecnologias para que sejam otimizadas e difundidas nas outras localidades do Nordeste.

Nos últimos dez anos, os recursos do Fundeci tiveram sua aplicação orientada por avisos públicos, o que permitiu uma melhor divulgação do fundo junto à comunidade científica regional, aumentando a demanda por esses recursos e distribuindo melhor os investimentos. Com isso, o BNB tem conseguido reduzir os riscos das suas operações de crédito, ampliar o conhecimento das competências técnico-científicas da região e fortalecer a articulação com os atores do processo de desenvolvimento tecnológico.

Segundo José Narciso Sobrinho, no último edital, foram disponibilizados R$ 800 mil, mas as propostas apresentadas somaram mais de R$ 8 milhões. “Nós só conseguimos atender a cerca de 20% da demanda”, diz o gerente. Para Sobrinho, o grande desafio é a procura por alternativas de produção que não dependam diretamente de uma fonte perene de água. “Não podemos irrigar todo o semiárido”, observa.

Nesse processo, ele destaca as parcerias que têm sido firmadas entre os agentes públicos, a exemplo dos institutos estaduais de assistência técnica e extensão rural – as “Emater”. As ações conjuntas deveriam ser voltadas para a implementação de políticas públicas que garantam a produção e incentivem a utilização de tecnologias menos degradantes.