Fonte: Cari Santos (cariny.santos@gmail.com)

Ocorreu no último dia 9 de outubro de 2008, no espaço provisório do Centro Público de Economia Solidária – Subsolo do Instituto Mauá – Pelourinho, a 10ª reunião com empreendimentos e entidades que discutem a gestão do espaço pedagógico do comércio justo e solidário. As reuniões são promovidas pela SESOL – Superintendência de Economia Solidária da SETRE e tem caráter de consulta pública sobre a metodologia de implantação e gestão de espaços de comercialização o dos produtos da economia solidária e agricultura familiar no âmbito dos Centros Públicos de Economia Solidária – CeSoL promovidos pelo Estado.

A idéia é que haja, em cada centro público a ser implantado, espaços de debates, serviços e práticas de comercialização, fomentando o intercâmbio entre os produtores e produtoras, numa espécie de “loja solidária”, constituída num espaço educativo do comércio justo e solidário. Nela serão realizadas oficinas, apresentações, exposições, clube de trocas, rodada de negócios, dentre outros eventos e técnicas de comercialização.

Os pontos apresentados foram resgatados das últimas 9 reuniões que aconteceram conjuntamente com os empreendimentos/grupos ao longo do ano de 2008, que foram os seguintes:

* Formalização do espaço de comercialização

* Gestão do espaço de Comercialização

* Conceito do espaço de comercialização

* Princípios e Critérios

* Logística do espaço de comercialização

* Funcionamento do espaço de comercialização

Em decorrência das dificuldades para estabelecimento de relações entre grupos informais e Estado, e, levando em conta tratar-se de um espaço de formação e um local de estímulo ao consumo consciente, debateu-se na 9ª reunião substancialmente a respeito do formato que se adotará na “loja” solidária, mais especificamente sobre:

* Funcionamento da loja – Gestão e permanência

* Comissão de avaliação dos produtos

* Cadastro dos empreendimentos

Algumas considerações feitas na reunião:

1) A estrutura da loja em formato de feira possibilita estabelecer relação grupos informais X Estado e permite que ocorra o fortalecimento dos grupos, a participação em oficinas e cursos, e consequentemente a constituição dos mesmos.

2) A gestão da loja continuou neste formato, mantendo-se o que foi acordado na 8º reunião (17/03/08), levando em consideração que será um espaço de formação das práticas da Economia Solidária e trará subsidios para a implementação real da loja solidária, no que tange as questões burocráticas e jurídicas.

3) O tempo de permanência de cada empreendimento nos stands será de três meses e os 20 stands serão divididos por dois empreendimentos (total de 40 contemplados) que decidirão entre eles como será a organização dos custos de deslocamento, alimentação e utilização do espaço.

4) Comissão que irá avaliar os produtos que serão expostos será composta por pessoal técnico qualificado das Secretarias que serão contatadas pela Sesol, obedecendo as áreas e demandas específicas dos segmentos que serão instalados na loja. Tal comissão deverá apresentar parecer-técnico descrevendo condição do produto e este dado será parte do processo de classificação dos produtos que irão expor na loja.

5) Será divulgada através de chamada pública comunicação aos empreendimentos de economia solidária interessados em expor seus produtos na loja, bem como participar deste processo de formação.

6) A reunião contou com a participação de 16 pessoas, dentre eles membros da Sesol, Cooperativa Artemãos, Coofe, Kalabetão arte em pintura, Colibris, Coopaed, Sonhos Possíveis, Coopercorte, Coopafro, Amac, Amev.

A próxima reunião não foi agendada, contudo todos serão comunicados com antecedência sobre a mesma, quando a data for definida.