Fonte: www.adital.com.br

Por ocasião do II Seminário Regional sobre Economia Solidária e Desenvolvimento regional, que ocorreu de 23 a 25 de setembro, em Maringá, Paraná, o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) apresentou o estudo “Caracterização dos empreendimentos econômicos solidários no Paraná”.

De acordo com o estudo, em um levantamento de campo realizado em 2005 e complementado em 2007, no Paraná, foram identificados e cadastrados no Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária 808 Empreendimentos Econômicos Solidários, localizados em 143 municípios. Isso significa dizer que esses empreendimentos estão presentes em pouco mais de um terço do total de municípios paranaenses.

A Região Metropolitana de Curitiba e o município de Londrina são as duas áreas com maior concentração desses empreendimentos. A população residente nessas regiões é de cerca de 36% do total de 10 milhões de pessoas que vivem no Paraná. Há também um número expressivo de empreendimentos localizados nos municípios do sudoeste e do litoral paranaense. Na região norte paranaense, o município de Maringá e seu entorno (Sarandi, Mandaguaçu, Paiçandu e Marialva) agregam 18 empreendimentos cadastrados.

Desses empreendimentos, 47% estão na área urbana, 32,8% na zona rural e 20,2% na área intermediária entre urbana e rural. Além disso, 60% são informais, 29,3% organizados em forma de associações e 10,7% funcionam como cooperativas. Cerca de 62,3% dos empreendimentos descritos se inserem na indústria de transformação. Os demais empreendimentos cadastrados estão identificados no comércio atacadista, crédito cooperativo e reciclagem de sucatas não metálicas e comércio atacadista de resíduos e sucatas.

Dentro da indústria de transformação, as atividades mais freqüentes são: fabricação de artefatos e artigos têxteis (artefatos à partir de tecidos – exceto vestuário, cordoaria e tapeçaria); confecção de artigos do vestuário (peças do vestuário e roupas íntimas, blusas, camisas e semelhantes); fabricação de produtos alimentícios (padaria, confeitaria e pastelaria; massas alimentícias; beneficiamento, moagem e preparação de produtos de origem vegetal); fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado – exceto móveis.

Com o mapeamento, o Ipardes pretende proporcionar a visibilidade à economia solidária e oferecer subsídios nos processos de formulação de políticas públicas. Os dados obtidos no mapeamento compõem o Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária (SNIES), da Secretaria Nacional de Economia Solidária – Senaes do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.

As matérias sobre Economia Solidária da Adital são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.