Fonte: http://www.semus.blogger.com.br/ e relato de Giulia Medeiross
A Semus – Semana da Música, aconteceu entre os dias 31 de agosto e 07 de setembro. É um evento tradicional em Cuiabá – essa foi a quinta edição da semana, que tem como intuito o investimento na qualificação dos músicos matogrossenses. Conforme Giulia Medeiros, a Semus aconteceu na base da troca de serviços de várias cooperativas de apoio à música, e de fornecedores que já acreditam nessa idéia de que o mercado cultural pode sim mudar o conceito da economia “quadrada” que hoje impera.
Para que a meta fosse cumprida, a Semus realizou oficinas, seminários e shows com instrumentistas renomados do cenário musical cuiabano e nacional. Já passaram pela Semana da Música nomes como Arthur Maia, Thiago do Espírito Santo, Celso Pixinga, Pollaco, Ademir Junior, Douglas Las Casas, Di Steffano, entre vários outros.
No dia 05/09 aconteceu, dentro da programação da SEMUS, o seminário Economia Solidária na Música. O seminário teve a participação na mesa de Ahmad Jarrah – o produtor cultural – e de Flaviany Tieme – da UFMT.
Segue o relato de Giulia Medeiros:
“O seminário foi bem bacana. Foi a primeira vez que inserimos esse tema na discussão da Semana da Música, que a priori tinha como objetivo apenas a qualificação dos musicos instrumentistas. Hoje a SEMUS já rema para um horizonte mais abrangente que se preocupa não só na qualificação, mas também na formação e aprendizagem mercadológica da música nos dias de hoje. Que por sinal, toma um rumo muito interessante no sentido de troca de trabalhos, logo, buscando de alternativas para caminhar sem necessariamente depender do dinheiro em espécie.
A Semana da Música de MT, é um grande exemplo disso, que esse ano nem incentivo de lei estadual ou municipal recebeu, e mesmo assim aconteceu, na base da troca de serviços de várias cooperativas de apoio à música, e de fornecedores que já acreditam nessa idéia de que o mercado cultural pode sim mudar o conceito da economia “quadrada” que hoje impera.
Mas no mais, o debate foi bem construtivo, as pessoas aqui não só apoiam como já há vários trabalhos que tem como base a moeda social, o qual o instituto cultural Espaço Cubo é o idealizador. A moeda complementar “Cubo Card” já é utilizada de maneira bastante organizada pelas entidades daqui, e a tendencia é fazer com que a moeda solidária de troca de trabalho circule por todos os estados integrados ao Circuito Fora do Eixo, e daqui um tempo, depois de muito trabalho em conjunto circule pelo mundo a fora.”