Fonte: grito_excluidos_df@grupos.com.br
Veja o vídeo do Grito do Excluídos/ 2008 do DF em http://br.youtube.com/watch?v=bVyl-hzk_2I
Nos últimos 14 anos, o dia 7 de setembro vem sendo marcado pelas mobilizações e protestos em todo Brasil, denunciando estruturas de exclusão e morte provocadas pelo sistema em que vivemos. Em 2008 o Grito dos/as Excluídos/as traz duas mensagens, que refletem as lutas dos movimentos e organizações populares. Vida em Primeiro Lugar é o sentido da nova sociedade pela qual lutamos. Somos contra os ataques à natureza, a transformação da água, das florestas e do nosso sub-solo em propriedade privada e a exploração dos/as trabalhadores/as patrocinada pelas grandes empresas e pelos governos deste país.
Por Direitos Sociais e Participação Popular. Não concordamos com retirada dos direitos sociais, conquistados após a ditadura militar. Estamos vendo a constituição ser rasgada, com a criminalização dos movimentos sociais e com o aumento da pobreza. Para os ricos, ser pobre é sinal de violência. Se organizar e lutar pelos seus direitos é motivo para ser taxado de criminoso. A verdadeira democracia não ocorre com o voto uma vez a cada quatro anos. É a população organizada, debatendo e discutindo cotidianamente, quem tem autoridade para decidir o seu futuro. Se saímos da ditadura militar, hoje estamos na ditadura do dinheiro.
No Distrito Federal, marcado pela desigualdade social e econômica, o Governo Arruda continua implantando seu projeto de exclusão e de apoio à elite, à burguesia e aos empresários do DF e do Brasil. Iniciativas como o PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial, as grandes obras e os projetos da construção de setores como o Noroeste, encobrem um processo progressivo de exclusão social. A população pobre é jogada cada vez mais para longe do centro, o cerrado é devastado, as desigualdades aumentam e a riqueza permanece concentrada, tudo em favor da “especulação imobiliária”, das grandes construtoras e dos empresários que direcionam as ações do GDF.
O crescimento da terceirização, a privatização de empresas públicas, a destruição da saúde, educação e demais serviços públicos agravam a exclusão da população pobre, que sofre com o desemprego e a inexistência de cobertura do Estado na maioria das cidades satélites. Além de não fornecer as condições de vida digna, o governo reprime, com força policial, os grupos que ousam se revoltar contra essa situação. Outro contraste está nas grandes obras no trânsito, que atendem o interesse das construtoras, enquanto o transporte público é deteriorado, faltam alternativas sustentáveis e a população é lesada no seu direito de ir e vir.
Também no âmbito do governo federal, a equipe econômica, alheia às necessidades da população, cobra mais recursos para a saúde, habitação, educação reforma agrária e urbana para dar continuidade à política de altos juros e de manutenção de elevado superávit primário. Essa lógica perversa atenta contra os interesses do país, criando um ciclo vicioso e aumentando a dívida pública. Hoje o pagamento de juros é 10 vezes maior que o orçamento da saúde e 15 vezes maior que o orçamento da educação.
Por tudo isto, além do Grito de denúncia no dia 7 de setembro, iniciamos no DF a Jornada de Lutas Pelo Direito à Cidade em favor à vida digna, à sociedade igualitária, fraterna e contra toda política de exclusão e morte promovida pelos governos, patrões, empresários e elites.
Assembléia Popular, Associação Amigos do Veredinha, ASPCEL, MTD, MST, Santuário dos Pajés, Frente Contra o Setor Noroeste, STIG-DF, CNASI, ASFERA-DF, MMMDF, DCE-UNB, Pastoral da Juventude, CONLUTAS, CUT, Consulta Popular, MDD, Intervozes, Movimento de Olho na Justiça, Cáritas Brasileira, MPL.
CONTATO: 61 – 84594695 ou grito_excluidos_df@grupos.com.br