Fonte: Informações enviadas por Paulo Henrique de Morais (paulosolidario@yahoo.com.br)

O Brasil Local está apoiando a formalização da Associação Terra Vida – grupo produtivo de húmus, artesanato e reciclagem da Estrutural, comunidade situada no entorno de Brasília (DF). Nesta quarta-feira (6), foi realizada a terceira reunião para discutir o Estatuto da entidade, que reúne 20 pessoas, sendo 19 mulheres. “Constituir uma associação é fundamental para fortalecer a identidade do grupo”, avalia o assessor de Redes de Cooperação do Projeto, Gilnei Santos, que participou do encontro.

Para Santos, a criação da Associação trará benefícios como a dinamização das relações de trabalho entre os participantes, possibilitando o desenvolvimento sustentável do grupo. “O Estatuto define direitos e deveres para todos. Assim, as pessoas passam a viver a autogestão no cotidiano”, destaca o assessor. Na avaliação dele, a figura da Associação também traz a oportunidade de que o grupo conquiste viabilidade econômica com práticas comerciais livres de tributos.

Produção guarda-chuva

Segundo a agente de Desenvolvimento Dagmar de Souza, o minhocário é carro-chefe do grupo. Cada quilo de húmus é vendido a R$ 1,00, geralmente para conhecidos. Mas o objetivo é expandir o negócio e conquistar mercados formais. “Acabamos de conseguir um lugar fixo para vender. Fomos convidadas a participar da Feira do Produtor que acontece todos os sábados em Valparaíso (GO)”, comemora a agente, que também preside a Terra Vida.

As outras frentes da Associação são o artesanato e a reciclagem. “As mulheres daqui da Estrutural estão sempre procurando melhorar, então sempre fazem um cursinho aqui e outro ali”, ressalta Dagmar. Antenadas com o meio ambiente, as artesãs utilizam materiais recicláveis. “É muito bonito ver que as mulheres aprenderam a se valorizar, a reciclar o lixo e a cuidar do meio ambiente”, enfatiza a associada Abadia de Jesus.

Planejar para crescer

Atualmente, a Associação funciona na casa de Dagmar, mas o grupo quer alçar vôos mais altos. “Nosso sonho é que a Estrutural deixe de ser conhecida como uma área pobre. Queremos que ela seja reconhecida pelo trabalho bonito que estamos fazendo, que respeita as pessoas e dá certo”, assinala Abadia. “A gente também gostaria de desenvolver um trabalho específico para mulheres. Aqui tem muito problema de baixa auto-estima e maridos machistas”, completa Dagmar.

Durante a atividade de hoje, foi definido que a Associação irá realizar uma reunião por mês. “Seria interessante que vocês utilizassem este momento não apenas para discutir as coisas burocráticas, mas também para fazer oficinas e capacitações em temas pertinentes ao grupo”, sugeriu a assessora de Mulheres do Brasil Local, Ester Dantas.

Parceiros – Além dos associados e de representantes do Brasil Local, também participaram da reunião Carla Gonçalves, da Secretaria do Trabalho do Distrito Federal, e Deuzani Noleto, do Círculo Operário do Cruzeiro. O próximo encontro será no dia 17 de agosto e marcará a fundação da entidade.

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