Fonte: Filipe Freitas (poesianatural@gmail.com)
Divulgamos o vídeo “A História das Coisas” (The Story of Stuff, no original), um oportuno trabalho de educação ambiental sobre extração, produção, distribuição, consumo e destinação das coisas na atualidade. O vídeo apresenta um raciocínio bem organizado para que qualquer pessoa possa compreender o grande equívoco do pensamento da sociedade atual. São 20 minutos de esclarecimentos com uma linguagem sucinta, apesar de toda a complexidade do tema.
Constatações daquilo que já se constatou, mas que ao mesmo tempo parece quase ninguém ter se apercebido do que isso representa para nossas próprias vidas, o que está em jogo na atualidade, quais as implicações desse padrão econômico em que grande parte das populações segue narcotizada, seguindo em fila como uma boiada, consumindo sem saber de onde, para onde, para quê.
O modus operandi da economia pode ser sintetizado nas palavras do analista de vendas Victor Lebaux, ditas pouco depois da Segunda Guerra Mundial, citadas no vídeo: “A nossa enorme economia produtiva EXIGE que façamos do consumo o nosso modo de vida, que tornemos a compra e uso de bens em rituais, que procuremos nossa satisfação espiritual, a satisfação do nosso ego, no consumo. Precisamos que as coisas sejam consumidas, destruídas, substituídas e descartadas em um ritmo cada vez maior”.
Esse padrão esbanjador de recursos foi planejado por governos e corporações ao longo do Século 20 e ainda prevalece hoje em dia. É, possivelmente, a causa maior da doença planetária e, advinda a consciência, temos que tomar partido da vida, agir em direção à cura, seja com um trabalho interior de sensibilização, seja com um trabalho de ação influenciadora em nossos círculos de relação.
Vídeos como “A História das Coisas” auxiliam a refletir, trazer lucidez e quiçá transcender o absurdo que engloba a falta de responsabilidade, a resignação e a arrogância que se instauraram no coração da sociedade, para que possamos tomar atitudes, rever valores, modificar hábitos e ver a vida com outros olhos, com outras metas.
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