Fonte: Texto de Daiani Ferrari (daiani@triadecom.com.br)

Na tarde desta quinta-feira (29) foi realizado um debate temático que tratou sobre as formas de transformar o ensino em uma atividade prazerosa e que não se detenha somente aos bancos escolares: “Escola, vida e educação humanizadora”. Os debatedores foram o professor Celso Ilgo Henz, do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, e Carmem Duran, do Seminário Galego de Educação para a Paz – Cultura de Paz, da Espanha.

Sobre o tema do debate, Celso, que é Doutor em Educação, primeiramente falou que nunca se deve menosprezar valores. Ele deu o exemplo de uma criança, que mesmo com pouca idade já carrega uma carga de conhecimentos e que pode perfeitamente transmitir-los aos que estão ao seu redor. “Este é o primeiro ensinamento para se humanizar a educação: Nunca menosprezar o saber, a linguagem, semântica e a sintaxe de uma criança, por mais atrapalhadas que elas possam parecer”, comentou.

Segundo ele, no mundo moderno a internet tem representado uma gama muito grande de ensinamentos. A todo momento milhões de informações se tornam acessíveis a todos, mas uma sala de aula, além de conhecimento, traz afeto, abraços, carinho e convivência, coisas que não são encontradas na grande rede de computadores. São estas características que precisam ser incorporadas às salas de aula. Ele ressalta a convivência entre educadores e alunos para o efetivo processo da educação.

Cinco foram as dimensões enumeradas por Celso para humanizar o saber: a ética política dos homens, a técnico – científica, epistemológica, estético – afetiva e a dimensão pedagógica. Todos estes pontos levam para a caminhada conjunta entre professores e alunos, partindo de saberes e conhecimentos destes. “Sejamos pedagogos, mas façamos da escola um lugar para sermos felizes. Não eduquemos para o futuro, mas vivamos no presente o que queremos para mais tarde”, ressaltou.

A atividade levantou o público, que interagiu com os debatedores através de perguntas e aplausos. Ele ainda chamou os professores para que façam bem feito seu trabalho de educar, que o ensino dos conhecimentos específicos seja realizado de forma mais calorosa, fazendo com que professores e alunos andem de mãos dadas. “Se fizermos nosso trabalho desta forma algum dia teremos o reconhecimento de nossa profissão quase que de forma natural”, encerrou.

Carmem fala sobre integração entre educação e economia solidária

Dentro do Eixo II: Educação, Inclusão e Cultura Emancipatória, no debate “Escola, vida e educação humanizadora”, Carmem Duran comentou suas experiências na busca por uma educação que coloque a economia solidária dentro de ensinamentos escolares e que sirvam para a vida. Também falou sobre o diálogo e o relacionamento como formas de aceitação entre as pessoas, fatores que contribuem para uma educação horizontal, onde todos tenham voz.

Os temas tratados pela debatedora foram comparados à economia solidária, e como ela, ressaltam a necessidade de se conhecer companheiros e companheiras com os quais as pessoas se relacionam diariamente. “Uma educação humanizadora depende de todos nós e é importante para todo nosso entorno de mundo”. Destacou. Além deste, outros cinco debates foram realizados nesta quinta-feira no Centro Desportivo Municipal. Todos os debates foram antecedidos por apresentações culturais, promovidos por alunos de escolas de Santa Maria.

Mais…

Voluntários atuam no FME Mais de 500 voluntários estão trabalhando no Fórum Mundial de Educação de Santa Maria. Eles estão auxiliando em várias equipes, como a recepção, debates temáticos, na Casa de Cultura, nas grandes conferências e no auxílio com as línguas estrangeiras, além do apoio no ponto de inscrições e credenciamento na Escola Cilon Rosa.

Estes voluntários foram sendo agregados à equipe desde quando a secretaria executiva do FME foi estruturada, no início do ano. Eles podem ser identificados nos espaços do Fórum pela camiseta na cor roxa, com a palavra APOIO nas costas.