Fonte: Imprensa MST (imprensa@mst.org.br)

Em 17 de abril de 1996 aconteceu o Massacre de Eldorado de Carajás, que ganhou repercussão internacional e deixou a marca na história do país, ao lado do Massacre do Carandiru (1992) e da Chacina da Candelária (1993), como uma das ações policiais mais violentas do Brasil. Depois de 12 anos do massacre no Pará, que matou 19 trabalhadores rurais, deixou centenas de feridos e 69 mutilados, permanecem soltos os 155 policiais participantes da operação.

Neste ano, trabalhadores mutilados e as viúvas dos agricultores assassinados no massacre acampam desde a última segunda-feira (07/04) em frente ao Palácio dos Despachos no Pará, sede do governo do estado.

Os trabalhadores Sem Terra cobram da governadora, Ana Júlia Carepa (PT), o cumprimento de diversas promessas como atendimento médico multidisciplinar aos sobreviventes feridos durante o massacre, que ficaram com balas alojadas pelo corpo. Até hoje esse atendimento não começou.

Os responsáveis pelo massacre ainda não foram punidos pela Justiça. Entre os 144 incriminados, apenas dois foram condenados depois de três conturbados julgamentos: o coronel Mário Collares Pantoja e o major José Maria Pereira de Oliveira, que aguardam em liberdade a análise do recurso da sentença, que está sob avaliação da ministra Laurita Vaz, do STJ (Superior Tribunal de Justiça).