Fonte: Comissão Organizadora da IV Plenária

No dia 30 de março, domingo, encerrou-se a IV Plenária Nacional de Economia Solidária. Estamos todas e todos muito cansados e ao mesmo tempo animados, com muita vontade de continuar o trabalho, por conta do grande avanço que esta plenária representa para a Economia Solidária no país. A Plenária não foi apenas um evento de 4 dias. Foi fruto de um processo que se iniciou em maio de 2006, e que teve como marca a intensa participação dos estados em sua construção, através de reuniões dos Fóruns Estaduais, de encontros e seminários macrorregionais, de plenárias e grupos de estudos municipais e microrregionais, e das plenárias estaduais.

Só na fase final deste processo (plenárias microrregionais e estaduais) estiveram envolvidas diretamente nos debates mais de 4.000 pessoas em todo o país. Esta foi uma das marcas desta plenária: o respeito e a ligação forte com os debates vindos dos estados, da base.

Esta marca significou também uma grande ousadia: o documento-base nacional foi um espelho fiel do que vinha dos estados, com toda a sua diversidade e diferenças. Trouxe para o debate questões essenciais para o futuro do FBES: sua agenda prioritária de lutas e a sua natureza e estrutura de funcionamento. Tudo isso foi fruto de uma constatação muito evidente: o FBES precisava mudar, para dar conta dos enormes desafios que o crescimento e ampliação de atores construtores da Economia Solidária apresentavam. Esta foi a tônica, o principal objetivo, e temos total certeza de que foi cumprido.

O fato de termos conseguido dar conta de uma agenda intensa e desgastante demonstra a maturidade de todas e todos que estão construindo a Economia Solidária em seus bairros, empreendimentos, comunidades indígenas, ribeirinhas, vicinais, assentamentos, cidades e estados. A metodologia contemplou um processo de construção passo a passo, em que a cada novo momento era possível ver os resultados sistematizados dos momentos anteriores. Além disso, cada um destes momentos privilegiava que todos e todas pudessem verdadeiramente serem ouvidos/as e efetivamente contribuíssem.