Prezad@s companheiros e companheiras da Economia Solidaria,

Estamos, através deste, dando continuidade a uma campanha em defesa da COOPERBRIM, empresa associada a ANTEAG, contra a tremenda injustiça e irresponsabilidade por parte do Ministério Público, do qual a cooperativa foi vítima.

No final de dezembro de 2007, a cooperativa de produção de calças jeans, foi amplamente difamada em jornais de grande circulação e outros meios de comunicação, a partir de uma rápida visita de um fiscal do ministério público, que acionou a imprensa relatando inverdades acusando essa cooperativa autogestionária de fraudulenta.

As publicações tiveram consequências desastrosas para os quase 70 trabalhadores e trabalhadoras, a maioria com mais de 40 anos, parados diante de cancelamentos dos contratos. Leiam em nosso site www.anteag.org.br um relato mais detalhado sobre o fato, e juntem-se a nós na busca da reversão desse triste quadro.

Já contamos com o apoio do Prof Paul Singer, secretário da SENAES, que veio à sede da ANTEAG, pessoalmente, conhecer trabalhadoras da empresa de autogestão e ouvir sobre como é seu funcionamento, bem como a agonia que têm vivido desde as publicações, a principal delas, feita pela folha de São Paulo de 17/12/2007. A própria Folha de São Paulo, por intermédio de Singer, procurou a ANTEAG para saber mais sobre a Cooperbrim e realizou entrevistas com o assessor jurídico da ANTEAG, Reitor Rizzardi, e com costureiras da COOPERBRIM, que relataram realidades divergentes das informações dadas pelo procurador na edição de 19/01/2008. Notem que nessa matéria o procurador manteve sua posição, mesmo depois de questionado pelo jornal.

Uma reportagem justa foi realizada pelo site Adital http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=29506, que destaca que a COOPERBRIM tinha enorme importância social, uma vez que se trata de uma cooperativa formada por excluídos do mercado de trabalho e até por ex-presidiários e que em nada se aproxima das cooperativas fraudulentas.

Acreditamos que a difusão desse ocorrido dramático, além de contribuir para a volta das atividades da COOPERBRIM, poderá contribuir também para chamar a atenção contra esse tipo de episódio quando, seja por não conhecimento, seja por má fé, cooperativas autênticas são confundidas com falsas cooperativas e terminam por ser prejudicadas. Queremos propor que, assim como foi realizada capacitação com fiscais das DRTs no tema Economia Solidária, que se faça o mesmo com fiscais do ministério publico, para que não voltem a cometer injustiças e ações irreparáveis.

ANTEAG – Associação Nacional de Trabalhadores e Empresas de Autogestão www.anteag.org.br