Fonte: Relato de André Ferreira (andresetre@yahoo.com.br)

Amig@s eu vi! Vi um grupo que luta, um grupo que abandona seus lares, familias e obrigações profissionais. Vi um grupo que milita em causa coletiva, que doa sua força de trabalho, seu suor, seu conforto e seu bem estar, por uma nova economia. Vi um grupo que senta, discuti e sofre também com suas diferenças, mas constroi coletiva e democraticamente, um evento estadual de grande responsabilidade, onde não há convidado, todos são parte da construção, onde acretita-se nos principios da Economia Solidária e principalmente na autogestão.

Vi uma roda de samba de trabalhadores e trabalhadoras rurais de Feira de Santana se utilizar da cultura para com muito orgulho, falar da sua história. Vi grupo de crianças dançando a sua herança, vi uma linda roda indígena onde Kiriris e Pataxos dançaram juntos. Vi uma coordenação correndo pra cima e pra baixo, com o corpo cançado e castigado pelo sol, mas alma entregue por inteiro a esta feira. Vi o exemplo de autogestão e solidariedade, quando na falta de espaço os grupos se articularam para dividir as barracas. Vi a população de Salvador visitando a feira, ouvi nas rádios, vi na TV, vi a imprensa entrevistando os empreendimentos, vi o povo da casa Brasil fazer milagre para funcionar o centro de inclusão digital. Vi Superintendente, vi Secretário de Estado, vi pessoas com transtorno mental e morador de rua, sentar, comer e ser ouvido por nossos companheir@s. Vi as meninas dos empreendimentos de alimentação de Salvador, deixarem de lado seu trabalho no grupo, para ajudar na realização da feira. Vi um exemplo de construção coletiva.