Fonte: Imprensa MST (imprensa@mst.org.br)

Os trabalhadores rurais do pré-assentamento Oziel Alves II, localizado a 10 km de Planaltina (DF), realizam no próximo sábado (08/12) o plantio de 100 mudas de árvores nativas e frutíferas, que simbolizam o reflorestamento da área, que faz parte da Campanha Nacional de Plantação de Árvores Nativas em áreas da Reforma Agrária do MST (Movimento dos Sem Terra).

Participarão da atividade o superintende regional do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Francisco Palhares, do embaixador da campanha, José Ivan Aquino. Durante o plantio, será celebrado também o primeiro ano da Campanha “1 Bilhão de Arvores”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente em todo mundo.

A iniciativa do Movimento, Ministério do Meio Ambiente e Ibama, que destinou 15.000 mudas de árvores, pretende desenvolver uma ocupação sustentável do solo por meio do cultivo de árvores nativas, que recupera a biodiversidade e neutraliza os gases estufas que contribuem para o aquecimento global no planeta, que ameaça o futuro da humanidade. Até agora, já foram plantadas 9.000 mudas de espécies como copaíba, anjico, jatobá, imburana, aroeira, tamboril e diversas frutíferas.

A área do pré-assentamento Oziel Alves II foi ocupada pela primeira vez em 2002 por militantes do MST e, atualmente, possui 168 famílias na área, em parcelas provisórias de aproximadamente 7 hectares. Quando a área foi ocupada, o nível de degradação ambiental era grande e, com isso, os acampados assumiram o compromisso de recuperar a área, principalmente pela proximidade com a Estação Biológica de Águas Emendadas e a APA (Área de Proteção Ambiental) do Rio São Bartolomeu.

A área estava sob ação do Ministério Público do Distrito Federal, por causa de um projeto de urbanização do governo local criado em 2000, mas recentemente o órgão tomou conhecimento da proposta dos acampados e vem apoiando a legalização do assentamento.

Campanha

O primeiro ato da campanha foi a plantação de 2.000 mudas de árvores da mata original, como bracatinga, aroeira, maricá e angico, em um parque na região metropolitana de Curitiba, com apoio do governo do Paraná, em março de 2005. O MST compreende que a sociedade brasileira e internacional precisa resistir ao atual estágio da devastação ambiental no campo e entrar nessa campanha contra o agronegócio, uma aliança entre os grandes fazendeiros e as empresas transnacionais.

A questão agrária mudou durante a década de 90 com o processo de globalização capitalista, que impôs aos países periféricos no meio rural o modelo agroexportador, que impõe a devastação das florestas nativas para o plantio de monoculturas, com base no uso intensivo de agrotóxicos e de sementes transgênicas.

O movimento defende a criação de um programa nacional de reflorestamento com árvores nativas nos lotes da reforma agrária e nas comunidades camponesas, com apoio dos governos federal e estaduais, para que cada família seja estimulada a plantar pelo menos dois hectares de árvores nativas e frutíferas em cada área.

Informações à imprensa

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