Fonte: rede_agenda21_paulista@yahoogrupos.com.br

A coleta de recicláveis na cidade de São Paulo já chega a 20%, só que sem o apoio do poder publico. È o que revelou levantamento do jornal O Estado de São Paulo que afirma que o município chegou a economizar 300 milhões no ano com a coleta realizada por cerca de 150 cooperativas em atividade na cidade, além de catadores avulsos. Segundo o jornal, a porcentagem de material é reaproveitada graças ao esforço de moradores, condomínios e associações de bairro que por conta própria organizam a separação dos materiais e destinação correta.

A coleta seletiva oficial realizada pela Prefeitura de São Paulo recolhe menos de 1% dos resíduos gerados na cidade. Menos com um programa de coleta que “funciona” desde 1992 as administrações municipais não conseguiram ampliar o volume de materiais recolhidos.

A Prefeitura mantém contratos com apenas 15 cooperativas que funcionam como centrais de triagem e beneficiamento, a coleta nas ruas é realizada por caminhões de empreiteiras privadas, são cerca de 72 caminhões, segundo representantes da Prefeitura, que estariam disponíveis para a coleta seletiva, no entanto, cerca de 150 organizações de catadores não recebem qualquer tipo de apoio do poder público e precisam realizar o trabalho em locais impróprios e com grande sacrifício, pois não dispõem de galpões e caminhões.

O orçamento de 2007 da Secretaria Municipal de Obras (órgão que coordena a coleta na cidade) chega a 507.294.469 milhões, e a União Européia pretende investir 2 milhões na organização de catadores na cidade. Mesmo com uma verba pomposa em mãos e a eminente superlotação dos aterros sanitários existentes não permitem que a coleta seletiva seja ampliada na maior cidade de América-latina.