Fonte: www.olhao.com.br

O projeto Economia Solidária, apresentado no final de agosto pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania da cidade de São Paulo, promoveu seu primeiro encontro, no último dia 18 de setembro, na biblioteca Monteiro Lobato, com a discussão sobre o papel do trabalho da mulher na sociedade capitalista que, segundo a palestrante Vera Machado, representante da Coordenação Nacional do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES) e do Fórum Paulista de Economia Solidária, é invisível.

“Existem poucas mulheres em cargos políticos ou de chefia no Brasil, as grandes posições estão nas mãos dos homens. Assim, o Economia Solidária pretende ser um instrumento para reforçar o papel da mulher como produtora na economia local”, disse Machado. “É algo que pode demorar e não será alcançado apenas por meio de palestras ou discussões, e sim através de postura. As relações de trabalho e de gênero só se modificam se for assumida uma postura de rompimento de barreiras”.

Para ela, os homens que não permitem que suas mulheres trabalhem são considerados retrógrados pela sociedade, e a grande maioria das que trabalham são vistas como “complementadoras da renda familiar. O padrão de sobrevivência atual exige que o casal saia de casa para trabalhar”, afirmou.