Fonte: www.adital.com.br

Foi num clima de música e animação que se iniciou domingo (22), em Patos, na Paraíba (nordeste do Brasil), o Seminário Nordeste sobre Experiências em Agrobiodiversidade: Construção do Programa Nacional de Agrobiodiversidade. Aproximadamente 50 pessoas vindas de diversos estados do Nordeste, além de representantes de Brasília, Goiás e Rio Grande do Sul participaram do primeiro dia de discussão, que seguiu até as 21 horas.

Preservação dos biomas, acesso aos mercados, relações de gênero, produção, comercialização e segurança alimentar foram alguns dos pontos destacados como fundamentais para elaboração do Programa Nacional de Agrobiodiversidade (PNA).

As diversas experiências no campo da agroecologia também tiveram espaço na programação de ontem, através da apresentação do Mapa de Expressões Agroecológicas, apresentado por Paula Almeida, da AS-PTA e integrante do Grupo de Trabalho da Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA). Além disso, também foi possível mapear diversas experiências que têm contribuido com a preservação da biodiversidade.

Os impactos das politicas públicas e legislações no uso e conservação da agrobiodiversidade, foi outro ponto de debate. A representante da ANA, Cláudia Schimitt, fez uma análise do conceito das políticas públicas no Brasil e como elas têm influenciado, entre outras questões, na promoção da agroecologia, a exemplo do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC).

Segundo Elza Gomes, coordenadora da Asa Paraíba e da Asa Brasil, a participação dos agricultores no Seminário, assim como dos participantes de entidades de outras regiões [fora do Nordeste], tem sido de fundamental importância apara construção do PNA, demonstrando que eles também estão integrados num processo de conservação da agrobiodiversidade do País como um todo.

Para finalizar as atividades do dia, foi feita uma breve apresentação do PNA, expondo o seu modelo de conteúdo, formato, objetivo, gestão e processo de construção. Hoje (23), último dia do seminário, a sociedade civil deverá debater com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), parceiros da construção do Programa, as ações que consideram primordiais para sua elaboração.