Fonte: www.mte.gov.br

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) aprovou a proposta de orçamento para o ano de 2008. Serão R$ 32,8 bilhões para aplicação no pagamento do seguro-desemprego, abono salarial e nos diversos programas financiados pelo FAT para a geração de emprego e renda. Para a qualificação de trabalhadores, foram destinados R$ 951 milhões, volume oito vezes maior que o previsto para este ano, que é de R$ 114 milhões.

“Uma das prioridades do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, é investir na qualificação de trabalhadores. Com essa decisão do Conselho, serão mais de 1,3 milhão de trabalhadores qualificados em 2008”, comemora o presidente do Codefat, Ezequiel Nascimento. Em 2006, foram destinados R$ 85 milhões.

Além da qualificação, também a intermediação de mão-de-obra teve ampliação de investimento. No ano passado, foram R$ 89 milhões para recolocação de trabalhadores no mercado de trabalho. Em 2007, a previsão é de investir R$ 97 milhões. Para 2008, o Conselho aprovou R$ 273 milhões. “O que está acontecendo hoje no mercado de trabalho é que está sobrando vagas por falta de trabalhador qualificado”, explica Nascimento.

Segundo ele, no ano passado, das 1,7 milhão de vagas captadas, somente 877 mil foram preenchidas. “A qualificação é a ponte entre o trabalhador desempregado e o mercado de trabalho. Cidades onde a taxa de desemprego é alta, como é o caso de Salvador (BA), sobram vagas no mercado de trabalho por falta de qualificação de trabalhadores”, diz.

Ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) são destinados 40% do orçamento, como empréstimo ao financiamento de programas de desenvolvimento. Já para despesas obrigatórias, como abono salarial e seguro-desemprego o orçamento prevê um desembolso de R$18,8 bilhões, sendo R$ 13,6 bilhões para o pagamento do seguro-desemprego e R$ 5,2 bilhões para o abono salarial.

“Esse aumento se deve muito à formalização do mercado de trabalho. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados vem indicando um crescimento na geração de empregos formais e isso reflete no pagamento desses benefícios, principalmente pela rotatividade do mercado”, explica. No ano passado, a despesa para pagamento de abono foi de R$ 3,9 bilhões e este ano a previsão é de mais de R$ 5,3 bilhões. No seguro-desemprego foram gastos R$ 10,9 bilhões em 2006 e para este ano a previsão é de pelo menos R$ 12 bilhões.