Fonte: www.adital.com.br
Há um mês, moradores das comunidades do Antônio Bezerra e Jardim União, em Fortaleza (CE), ganharam mais uma opção para as suas compras. Duas lojas recém-inauguradas estão levando novidades para o bairro e dando oportunidade para cerca de 100 pequenos produtores locais que, agora, têm onde expor um pouco da sua arte.
Integrantes do projeto Fazer Solidário, do Grupo de Apoio às Comunidades Carentes (GAAC), as lojas são uns dos pontos de escoamento da produção dos pequenos produtores locais que, com a ajuda do GAAC, estão conseguindo fazer da sua arte uma melhoria de renda para a família. De acordo com o coordenador do setor de formação profissionalizante do GAAC, Rocha Assunção, algumas famílias já conseguiram aumentar em 60% a sua renda.
Segundo Rocha, antes do projeto ser implementado, a renda de produtores que trabalhavam com farmácia-viva era de apenas 80 reais. Hoje, esse número já chega a dobrar. Ele explica ainda que, além da melhoria financeira, o projeto trouxe aos produtores (na sua maioria mulheres) o resgate da auto-estima e a valorização do trabalho. “Conseguimos estimular muitas mulheres que tinham talento, mas não tinham oportunidade”, ressalta.
Em funcionamento desde o ano passado, o projeto deu apoio e ampliou grupos produtivos que já existiam nos bairros. Hoje, já são 10 grupos (cinco em cada bairro) que se dividem entre as atividades de serigrafia, corte e costura, artes-gráficas, artesanato, farmácia-viva e produção de lanches.
Há mais de um ano na Associação de Produtoras do Antônio Bezerra (Aprob), Cleide Alves conta que a loja Uniarte Empreendimento Solidário já virou ponto de compra para os moradores do bairro. Segundo ela, a procura é grande por conta das novidades que a loja traz para a comunidade. “Os produtos de fábrica não têm o carinho do nosso”, brinca. A variedade e os preços baixos também são um grande atrativo para os compradores. Produtos como sabonetes, bijuterias, blusas, tapetes e kits para banho podem ser encontrados nas lojas, com preços que variam de R$ 1 a R$ 35.
Para a melhoria dos empreendimentos, o projeto oferta aos produtores cursos profissionalizantes, oficinas de economia solidária, empreendedorismo e planos de negócio, além de financiar cerca de R$ 500 mensais para a compra da matéria-prima dos produtos. A realização de feiras itinerantes de economia solidária no final de cada mês também serve como ponto de venda da produção e abre portas para novas encomendas.