Fonte: anitatetslaff@hotmail.com

O Banco Pirê, integrado à Rede Brasileira de Bancos Comunitários, que está promovendo o desenvolvimento local, oferecendo serviços e produtos financeiros solidários, voltados para a geração de trabalho e renda, com base nos princípios da Economia Solidária, agora lança a moeda social Pirapirê. A moeda social já é utilizada em muitos Países, como uma estratégia poderosa, criativa e eficiente para enfrentar a exclusão social. Ela tem lastro na moeda nacional, ou seja, para cada moeda social emitida, existe no Banco Comunitário, um correspondente em real. Seu objetivo é fazer com que o dinheiro circule na própria comunidade, ampliando o poder de comercialização local, aumentando a riqueza circulante e gerando trabalho e renda localmente. A escassez se transforma em abundância e a competição em cooperação.

Segundo o economista Bernard Liataer, o dinheiro é um acordo dentro de uma comunidade para utilizar algo como meio de pagamento, portanto, se hoje falta dinheiro nas casas, é porque, como pessoas comuns, perdeu-se o direito de ter trabalho digno e, consequentemente, o dinheiro, pois ele foi embora para o circuito financeiro onde os bancos se dedicam a fabricar mais dinheiro para se transformar em dinheiro. Com a lógica de que, segundo João Joaquim do Banco Palmas (CE) toda comunidade, por mais pobre que seja, é portadora de soluções para seus problemas, o Banco Pirê lançou no dia 02 de junho, a moeda social com o nome de Pirapirê. O uso do Pirapirê é voluntário entre as pessoas e ela não pode ser depositado em bancos para gerar mais pirapirês, sem trabalho humano. À medida que mais e mais instituições comerciais e prestadores de serviços fizerem adesão ao Pirapirê, aceitando-o no pagamento de bens e serviços, mais moedas vão circular, mais as pessoas estarão intercambiando seus produtos e serviços, na lógica de que não é o dinheiro que tem valor, mas a atividade econômica gerada e trocada com moedas para facilitar o intercâmbio. “Com o uso do Pirapirê estaremos contribuindo solidariamente na geração de trabalho e renda em nosso município sem destruição do meio ambiente, garantindo qualidade de vida e promovendo o desenvolvimento local. Estaremos praticando uma outra economia, cujo valor principal tem base na solidariedade entre as pessoas e a dignidade de todos(as)”, acrescentou Lenita Gripa, gerente do Banco Pirê.