Fonte: Agência Brasil, por Bárbara Lobato, acessado em http://www.folhadaregiao.com.br/link.php?codigo=66299

O coordenador do Departamento de Formação da Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, Roberto Marinho, avalia que o setor necessita de mais recursos públicos para se consolidar no país.

“A economia solidária precisa de investimentos em infra-estrutura e de formação capacitada. Só assim há a possibilidade de que as atividades econômicas gerem igualdade social e financeira, disse, acrescentando que o ministério pretende investir em 2007 cerca de R$ 48 milhões em feiras, cursos de formação e fortalecimento de cooperativas.

Marinho é um dos participantes da 2º Oficina Nacional de Formação promovida pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária, que termina hoje (18) em Brasília. Uma das idéias debatidas no encontro é a busca de novas propostas para o crescimento do setor.

“O que falta é as pessoas acreditarem mais na economia solidária. Esse crescimento não se dá com esmolas ou só com programas sociais”, ponderou o representante do fórum, Lenivaldo Marques. “É preciso mais que isso para uma distribuição igualitária de riquezas”.

O fórum amazonense foi uma das experiências apresentadas no encontro. Segundo a representante local Rosângela Melo,a economia solidária na região do Amazonas deve-se, essencialmente, à cultura indígena. “Eles é que são os grandes inventores desse conceito pela organização do trabalho como atividade coletiva”.

Exemplo disso, acrescenta Melo, é produção de farinha, cujo trabalho é inteiramente desenvolvido em conjunto, desde a plantação da mandioca até a transformação do produto.

“Quando é época de fazer a farinha, muitas famílias se juntam para a produção. A lógica é: se todo mundo planta a mandioca e produz a farinha em conjunto, o lucro tem que ser igual para todos. Isso é economia solidária”.

A Oficina está sendo realizada pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária em parceria com a Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes). Participam do evento representantes dos ministérios da Educação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, além do Grupo de Trabalho Formação/ FBES.