Fonte: www.mte.gov.br

Levantamento constata que 60% dos associados são do sexo feminino. Confecção, alimentos e artesanato são os preferidos

Levantamento sobre a ação dos agentes de economia solidária em 2006, realizado pela Fundação Universidade de Brasília (Fubra), demonstrou que 60% dos associados dos empreendimentos solidários, impulsionados pelos agentes, são mulheres. Os empreendimentos, em sua maioria, estão relacionados à produção de peças de vestuário, alimentação e artesanato.

A pesquisa da Fubra mapeou 258 empreendimentos assessorados pelos agentes em todo o país. O relatório informa, por exemplo, que a forma de organização mais incidente foi a associativa (39%), seguida dos grupos informais (36%). Juntas, elas representam 75% desses empreendimentos.

Os agentes atuam em comunidades pobres, com a finalidade de organizar grupos e empreendimentos produtivos locais para a geração de trabalho e renda, pela via solidária.

Essas iniciativas solidárias têm servido como alternativa para exclusão social dos trabalhadores que buscam, na autogestão de empreendimentos, uma forma de subsistência.

Criado no início do ano passado o Projeto de Desenvolvimento Local e Economia Solidária (PPDLES), coordenado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), treinou 252 agentes em práticas de economia solidária para iniciarem novos empreendimentos ou fortalecerem iniciativas autogestionárias já existentes.

Atualmente, esses agentes atuam em 116 comunidades quilombolas e em 122 comunidades pobres, beneficiando diretamente mais de 32 mil trabalhadores. A partir de hoje, mais 331 novos agentes capacitados pela Senaes se juntarão aos que já estão em campo para ampliar o número de beneficiários. A expectativa é a de alcançar a mais 42 mil trabalhadores.

O Atlas da Economia Solidária, lançado o ano passado, já demonstrava a força das mulheres nos empreendimentos solidários. O estudo revela que, quan­to menor o porte do empreendimento, maior é a participação relativa das mulheres. Elas predominam largamente nos empreendimentos com menos de dez sócios (63%).

De acordo com o Atlas, são cerca de 2.300 empreendimentos constituídos exclusivamente por mulheres (16%), cerca de 1.500 empreendimentos cujos sócios são exclusivamente homens (11%) e, os demais (73%), são empreendimentos formados por mulheres e homens.