Fonte: Agência Senado, por Laura Fonseca,

Ao manifestar sua satisfação com a regulamentação do Conselho Nacional de Economia Solidária, que vai cuidar de atividades econômicas dos povos da floresta amazônica, como pesca, agricultura familiar, extrativismo florestal sustentável e construção naval artesanal, o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) afirmou ser essencial garantir recursos técnicos e financeiros para o novo órgão.

– Este país é grande e diverso em termos sociais e culturais e nem sempre o dinheiro vai parar no lugar certo. Eu estou aqui para defender meu estado, o Acre, e seu povo. Vou trabalhar para que sejam escolhidas as melhores alternativas de formação profissional, organização social, emprego e renda para as populações de todas as regiões do estado do Acre – enfatizou.

Geraldo Mesquita considera que a demora para a instalação do conselho dá sinais do nível de prioridade que esse tema possui na Presidência da República e ministérios, já que, segundo ele, a regulamentação do conselho passou quatro anos “esquecida no Palácio do Planalto, entre as gavetas da Casa Civil e do Ministério do Trabalho”.

– Digo que o Conselho Nacional de Economia Solidária deveria ser estratégico, pois temo que essa louvável experiência se torne, como as demais ações do governo Lula, uma bela iniciativa nas intenções mas que, na prática, não vai muito além do status de ‘boa intenção’, reproduzindo velhos esquemas da República – disse o senador.

Geraldo Mesquita criticou o fato de que um conselho participativo, dito democrático e popular, tenha caráter apenas consultivo, ao invés de ter poder deliberativo, podendo definir políticas e estratégias governamentais prioritárias para o setor. Segundo o senador, as entidades de pequenos produtores, cooperativas, associações e empreendimentos comunitários e solidários, as entidades mais interessadas na criação do Conselho, exigiam um conselho deliberativo.

Mesmo assim, garantiu que, no que depender de seu mandato, pretende apoiar a iniciativa, com a expectativa de que se torne importante instrumento de crescimento e desenvolvimento sustentável e democrático do Acre e da Amazônia.