Fonte: www.mte.gov.br

A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realiza de 12 a 14 de fevereiro, em Brasília, a 1ª Oficina Nacional sobre Feiras de Economia Solidária. O evento terá a presença de representantes dos vários segmentos que participam da realização das feiras nos estados.

A oficina avaliará o papel das feiras como instrumento de comercialização e divulgação das iniciativas solidárias no país, além de mostrar um balanço do ano passado. No total, foram realizadas 26 feiras regionais, uma feira do Mercosul e a I Mostra de Cultura e Economia Solidária.

O MTE destinou, em 2006, R$ 2 milhões para as feiras. Também participa do projeto o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), por intermédio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial, integrando os empreendimentos econômicos solidários às iniciativas da agricultura familiar, cujos produtos são expostos nas feiras.

“Os empreendedores aumentaram sua participação nas feiras regionais. No total, foram mais de 7 mil empreendedores envolvidos com a atividade no ano passado”, comemora Mendonça. Ele lembra que, em 2005, participaram apenas 3.200 empreendimentos econômicos solidários dos 16 fóruns estaduais de economia solidária, com um público estimado em 240 mil pessoas.

A Mostra de Cultura Popular e Economia Solidária, realizada pela primeira vez ano passado, em São Paulo, reuniu mais de mil empreendimentos econômico-solidários (EES) na I Feira Nacional que aconteceu paralelamente ao evento. O encontro também concentrou representantes dos Pontos de Cultura e movimentos de Economia Solidária de todo o país, demonstrando como a democratização da cultura está gerando trabalho e renda, melhoria na educação e acesso à cidadania, interligando agentes culturais e empreendedores solidários. A segunda mostra está prevista para outubro, em Belo Horizonte.

Força econômica

A força dessa modalidade econômica representa 1,25 milhão de trabalhadores em atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito, que, nesses encontros, discutem alternativas para o fortalecimento da economia solidária por meio da troca de experiências e de produtos.

As atividades econômicas predominantes são a agricultura e a pecuária, realizadas por 64% dos EES; têxteis; de confecções; calçados; e produção artesanal em geral, que correspondem, juntas, a 21% dos empreendimentos. A prestação de serviços diversos e alimentação respondem por 14% e 13% dos empreendimentos, respectivamente.

Comércio justo

O apoio às feiras faz parte de uma proposta da Senaes de promoção da Política Nacional de Comércio Justo, Ético e Solidário, uma das estratégias para fomentar a economia solidária em todo o país, com o apoio e parceria do Instituto Marista de Solidariedade (IMS), o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (Fbes) e a Fundação Banco do Brasil (FBB).