Fonte: Ansalatina, acessado em http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=26322

Está acontecendo, no Chile, o VII Encontro Lésbico Feminista que reúne representantes de movimentos de lésbicas da América latina e do Caribe. Nesse encontro, elas exigem o cumprimento das leis contra a discriminação, além das leis de casamento entre pessoas do mesmo sexo”Exigir leis contra a discriminação, exigir leis de casamento entre pessoas do mesmo sexo, exigir a inclusão neste grande quebra-cabeças hétero real é uma farsa”, disse à ANSA a representante da Guatemala, Claudia Acevedo.

Claudia Acevedo, representante da Guatemala, rejeitou eventuais pactos de União Civil porque “não queremos nos encaixar neste quebra-cabeça em que só importa quão válidas podemos ser para este sistema”.

Norma Mogrovejo, participante peruana, disse que “a lei deveria facilitar as formas de relações sociais das pessoas em vez de torná-las mais difíceis e, nesse sentido, deve respeitar o direito à autodeterminação de cada um. Todas as leis atentam contra a autodeterminação e a liberdade das pessoas”. Norma criticou a “instituição do matrimônio” por ser uma organização do Estado que pretende exercer o controle social que está ligado à Igreja Católica, entidade que não aceita as uniões entre pessoas do mesmo sexo e qualificou de “nocivo” e fundamentalismo religioso.

Angelina Marín, membro chilena da comissão organizadora do encontro que reuniu mais de 200 lésbicas feministas, disse que “se não existe uma mudança generalizada na formação de leis e implementação de políticas do Estado pensadas para todas nunca conseguiremos uma sociedade livre de prejuízos”.

“Em nenhum caso estamos pedindo uma maior tolerância, mas sim uma inclusão séria e efetiva das minorias sexuais ao Estado”, afirmou Angelina.

O VII Encontro Lésbico Feminista, que incluirá uma passeata pelas ruas de Santiago e uma visita ao centro de torturas Villa Grimaldi, termina no próximo domingo, dia 11.