Fonte: Agência Estado, acessado em http://www.opovo.com.br/economia/669978.html
Regiões pobres do Brasil podem ser as mais beneficiadas com a economia solidária, na avaliação da secretária-executiva da rede Faces do Brasil, Fabíola Zerbini. A economia solidária propõe um novo modelo onde todos níveis de produção podem sair ganhando. “A produção geralmente é feita por cooperativas ou associações auto-gestionadas que respeitam os trabalhadores, respeitam a questão ambiental não tem trabalho infantil”, explicou.
Fabíola Zerbini considera que a economia solidária pode ser uma boa saída para a região Nordeste e o estado da Amazônia, pois grande parte da população que reside na região é de baixa renda. Além disso, existe um elevado número de cooperativas nessas regiões.
A rede Faces do Brasil é reconhecida como uma plataforma que reúne 16 organizações não-governamentais brasileiras com o intuito de conscientizar a população da importância de se fazer um comércio livre no Brasil. Segundo Fabíola, o atual sistema econômico brasileiro, baseado no capitalismo, é desigual e traz uma série de conseqüências negativas sociais e ambientais. Para ela grande parte da população não tem acesso aos meios de produção.
“Na economia solidária você tem uma série de atitudes concretas, clube de troca, finanças solidárias, cooperativismo como a base de produção e geração de renda das comunidades mais carentes, consumo responsável e o comércio justo”, explica. Para ela uma boa saída seria o consumo responsável, ou seja, dar preferência aos produtos alternativos que e, geral são menos conhecidos que as grandes marcas. “Quem concretiza esse processo é o consumidor”, conclui.