Fonte: http://www.administradores.com.br/conteudo.jsp?pagina=nc&idNoticia=9307&idCategoria=11

Formalizada em 2003, já tem 25 cooperados, entre pedreiros, eletricistas e carpinteiros atuando na vizinhança e outras cidades do ABC e participando da rede de economia solidária. “Não é fácil levar uma cooperativa adiante, exige participação. Mas começamos do zero e hoje temos vários clientes, equipamentos, uma perua que leva nosso pessoal para as obras. Nossa meta agora é montar uma sede própria” , diz o projetista e um dos fundadores da cooperativa, Esmael Almeida.

A integração com os vizinhos, a igreja, as aitividades do bairro e a busca constante de capacitação ajudaram a dona-de-casa Maria de Lourdes Pestana da Silva a encontrar um caminho para sentir-se valorizada e produtiva. Quando o marido, encarregado de produção em uma montadora, perdeu o emprego, depois de 18 anos de trabalho, ela foi à luta e não desistiu até montar sua própria empresa, no Parque Selecta, periferia de São Bernardo do Campo, na região do ABC.

“Com as nossas poucas economias, compramos material escolar, que coloquei na garagem de casa, numa vitrine improvisada em um armário da cozinha”, conta Maria de Lourdes. “Depois fizemos uns panfletos em xerox, anunciando o negócio, espalhamos na vizinhança e logo começamos a vender para o pessoal do bairro. Fomos melhorando. Em menos de dois anos, já estávamos com a empresa formalizada, com CNPJ, funcionando num espaço bem maior e garantindo a sobrevivência da família”, acentua satisfeita.

O bazar vende de artigos de papelaria a aviamentos e, com um crédito do Banco Solidário, Lourdes comprou também uma máquina de xerox.

Aprendizado

Para conseguir esse resultado, Lourdes não precisou só de força de vontade, mas de muita disposição para se informar e aprender. “Fiz vários cursos do Sebrae, desde o ‘Aprender a Empreender’ a outros que foram fundamentais para tocar a loja, como um de fluxo de caixa e outro sobre formação de preços. No ano passado, conclui um curso de computação e vou continuar estudando sempre”, garante, decidida.

Juntamente com o marido, Antônio da Silva – que desde a dispensa da montadora não conseguiu outro emprego com a mesma remuneração, ela participa das atividades do Centro de Formação e das reuniões do Grupo de Economia Solidária. “Discutimos estratégias para nossos comércios crescerem juntos. Consumimos produtos que os outros membros do grupo fazem ou revendem, o que ajuda a melhorar toda a economia nas vizinhanças”, destaca.

Cooperativa

O apoio do Centro de formação Padre Léo e a participação em cursos de cooperativismo do Sebrae em São Paulo foram fundamentais para que um grupo de trabalhadores do Jardim Silvina e vizinhanças criasse, em 2002, uma cooperativa de trabalho na construção civil.

Formalizada em 2003, já tem 25 cooperados, entre pedreiros, eletricistas e carpinteiros atuando na vizinhança e outras cidades do ABC e participando da rede de economia solidária. “Não é fácil levar uma cooperativa adiante, exige participação. Mas começamos do zero e hoje temos vários clientes, equipamentos, uma perua que leva nosso pessoal para as obras. Nossa meta agora é montar uma sede própria” , diz o projetista e um dos fundadores da cooperativa, Esmael Almeida.