Fonte: Diário do Nordeste
O coordenador nacional de Comércio Justo da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), Haroldo Mendonça, levou para o 7º Fórum Social Mundial, aberto ontem (20) em Nairóbi (Quênia), o projeto brasileiro de criação de um sistema de comércio justo e solidário, como política de apoio ao desenvolvimento de cadeias alternativas.
Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho e Emprego, ao qual a Senaes está vinculada, o objetivo da participação brasileira em uma das oficinas do Fórum é apresentar o processo de construção desse sistema a partir de um processo articulado entre entidades governamentais e da sociedade civil.
O sistema, acrescenta a assessoria, é baseado “em ações articuladas de qualificação, garantias com o reconhecimento da certificação pública e gratuita, selo, marca e outros mecanismos criados, a exemplo da certificação participativa de produtos agroecológicos , a multiplicação dos espaços de comercialização e a redução de intermediários”.
A maioria dos empreendimentos econômicos solidários, principalmente as pequenas comunidades isoladas, tem dificuldades de alcançar a viabilidade econômica necessária para a inserção em mercados regionais, nacionais ou mesmo mundial. Para sobreviver, as comunidades têm-se unido em redes de produção, comercialização, compras coletivas e consumo, articulando várias cadeias produtivas.
No Fórum, Mendonça defenderá que “o desenvolvimento local sustentável e solidário requer a democratização do acesso e a ampliação de programas e projetos que contribuam para a criação e fortalecimento das redes, das cadeias, das centrais de comercialização e do sistema de comércio justo”.