Fonte: www.mte.gov.br
Paul Singer leva ao encontro as experiências brasileiras na área de economia solidária que estimulam a geração de renda e a inclusão no mundo do trabalho
Fortalecer laços com cooperativas e entidades promotoras da economia solidária, especialmente da África, é um dos objetivos da participação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) no Fórum Social Mundial, que começa neste sábado (20), em Nairóbi, no Quênia.
No dia 21, o secretário de Economia Solidária do MTE, Paul Singer, participa de seminário, onde serão discutidas políticas públicas para ampliação da economia solidária, junto com representantes de países da África, Ásia, Europa e América do Norte.
O secretário afirma que uma das missões do MTE no Fórum Social Mundial é a de apresentar a realidade brasileira na área da economia solidária, o que poderá servir de inspiração para iniciativas semelhantes em outros países. “Quando se fala de economia solidária, o Brasil é um modelo, inclusive para a Europa. Nós temos muito a oferecer nesse campo, mas também estamos prontos para ouvir as experiências de outros países”, informa Singer.
Ele explica que o Fórum Social, por reunir diversas entidades promotoras do comércio justo, é uma grande oportunidade para fortalecer laços com atuais e futuros parceiros. Entre estes, destacam-se os países africanos, pois, com a realização do encontro naquele continente, a tendência é a de que haja uma maior participação dos países da região.
O secretário lembra que, embora o Brasil possa ser considerado um país irmão da África, por ter uma grande população de origem africana e, em conseqüência, uma série de laços culturais, o objetivo é aproveitar ao máximo a oportunidade. “A nossa política é a de desenvolver a economia solidária em todos os continentes. Se houver chance de entabular boas relações com cooperativas da Índia, China ou qualquer país europeu é o que nós iremos fazer”, garante Singer.
Situação brasileira – O trabalho realizado pelo Brasil desde 2003, com o mapeamento dos empreendimentos em economia solidária, mostra o aumento deste modelo econômico no país e também o potencial para novos investimentos que possibilitem a geração de emprego e renda por meio da inclusão social.
Foram identificados cerca de 1,5 mil empreendimentos em 2.274 municípios e mais de 1,25 milhão de trabalhadores associados. O segmento econômico movimenta, anualmente, cerca de R$ 6 bilhões na economia nacional.
Para se ter uma idéia do dinamismo do sistema, em 2006 foram realizadas 28 feiras de Economia Solidária, com a participação de, aproximadamente, 4.800 empreendimentos econômicos solidários de diferentes segmentos: artesanato, confecção, agricultura familiar, alimentação, serviços. O número é superior a 30% dos empreendimentos mapeados no sistema nacional de economia solidária (15 mil em todo o país).